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Retrato da Rua do Pito, na Vila Marumbi, onde existiu uma zona do baixo meretrício | Divulgação
Retrato da Rua do Pito, na Vila Marumbi, onde existiu uma zona do baixo meretrício| Foto: Divulgação
  • Uma publicidade da Boite Flórida de 1969

A primeira zona do baixo meretrício de Maringá, destinado às ditas "casas de diversões", funcionou nas proximidades do atual Fim da Picada, no Maringá Velho. Ao seu lado, foi instalada a primeira delegacia da cidade, sob caráter provisório. Costumava-se dizer que "ali brigava, ali ficava".

Depois, as casas de prostituição se transferiram para a Rua Quintino Bocaiúva (entre a Avenida Guaíra e a Rua Benjamin Constant). Em 1959, o prédio da delegacia foi inaugurado oficialmente nas proximidades do local. Novamente, a casa de detenção estava próxima aos problemas sociais de Maringá.

Uma peculiaridade desse período é que as "mulheres da vida" não podiam caminhar pelas ruas e avenidas do centro da cidade. Para essa finalidade, elas deveriam ser transportadas por charretes, o táxi da época. Alguns desses veículos ficaram conhecidos como "balaio de puta".

Na década de 1960, a zona do baixo meretrício se mudou, novamente, para as proximidades da Praça Vereador Eurico Vieira Guido, na Vila Marumbi. Devido à expansão imobiliária, uma comissão de vereadores propôs, em 1974, sua transferência para uma região mais afastada da área urbana. Um ano depois, a sociedade maringaense pediu a exclusão definitiva do serviço mais antigo do mundo.

Com isso, muitas prostitutas iniciaram o processo migratório para regiões mais centrais de Maringá, ocupando a partir de então, pensões, praças e hotéis nas áreas próximas da Rodoviária Américo Dias Ferraz, a Rodoviária Velha, demolida no ano passado.

Fonte: Contribuição - Marco Antonio Deprá / Blog do Edson Lima / Acervo Maringá Histórica.

* Miguel Fernando escreve aos sábados na Gazeta Maringá. Ele é bacharel em Turismo e Hotelaria e especialista em História e Sociedade do Brasil. É instituidor do Projeto Maringá Histórica, o qual se estende na coluna publicada na Gazeta Maringá e em outra, produzida para a Revista ACIM

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