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O prefeito Silvio Barros se reuniu com coordenadores do projeto do Trem Pé Vermelho que estão na região para iniciar a pesquisa de potencial de demanda | Assessoria PMM
O prefeito Silvio Barros se reuniu com coordenadores do projeto do Trem Pé Vermelho que estão na região para iniciar a pesquisa de potencial de demanda| Foto: Assessoria PMM

Municípios por onde passará Trem Pé-Vermelho

O trecho total do Trem Pé Vermelho é de 152 quilômetros e vai atender uma população de aproximadamente 2 milhões de habitantes

Ibiporã, Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Marialva, Sarandi, Maringá e Paiçandu

Reativação do trem de passageiros deve exigir nova linha férrea

A reativação do trem de passageiros nas regiões Norte e Noroeste do Paraná possivelmente exigirá a construção de uma nova linha férrea. Esta necessidade foi apontada em estudos realizados pelo grupo responsável pela criação do "Trem Pé-Vermelho".

Segundo um dos coordenadores do grupo de estudos do projeto, Samuel Gomes, a linha existente utilizada para o transporte de cargas não tem estrutura para receber o transporte de passageiros. "Não há espaço para os dois. Os trens de carga são muito lentos e haveria dificuldade para operação deste transporte, já que o trem de passageiros teria preferência."

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Começa a partir da próxima sexta-feira (22) a pesquisa de demanda do trem de passageiros entre Paiçandu (na região noroeste do estado) e Ibiporã (na região Norte). Em reunião realizada nesta segunda-feira (18) na prefeitura de Maringá, os coordenadores do projeto apresentaram os detalhes da pesquisa ao prefeito Silvio Barros.

Segundo o coordenador executivo do projeto do Trem Pé Vermelho, Paulo Thimóteo, os trabalhos vão ser realizados nos dias 22, 23 (sábado), 24 (domingo) e 26 (terça-feira). "Escolhemos dias com características próprias do transporte regional, e teremos um retrato da opinião do usuário sobre a opção pelo trem de passageiros", ressaltou Thimóteo, em entrevista ao site da prefeitura.

Ainda de acordo com ele, a pesquisa será realizada em duas frentes, nos terminais rodoviários e no interior dos ônibus do transporte coletivo no trecho entre Paiçandu e Ibiporã, e nos postos da Polícia Rodoviária de Rolândia, Apucarana e Marialva.

"Vamos ouvir os passageiros que utilizam o transporte coletivo e os usuários das estradas, que utilizam veículos, para medir a aceitação por uma opção moderna de transporte", explicou Thimóteo, que também é coordenador de Projeto do Laboratório de Transporte e Logística da Universidade de Santa Catarina.

Pesquisa começa com atraso

Segundo Samuel Gomes, que também faz parte da coordenação do grupo de estudos do projeto, a pesquisa de campo seria realizada entre abril e julho deste ano. No entanto, a metodologia da pesquisa precisou ser readequada seguindo os critérios da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão responsável pela outorga da concessão e fiscalização.

A aplicação dos questionários servirá para determinar trechos, frequência e dimensionamento da frota, além do número de estações, quantidade de passageiros, velocidade do percurso e custos do investimento. "Queremos mostrar aos moradores da região as vantagens do trem de passageiros, que hoje utiliza equipamentos modernos, que podem oferecer essas vantagens", afirmou Gomes.

A coleta de dados será realizada por estudantes das universidades estaduais de Maringá (UEM) e de Londrina (UEL), com apoio de técnicos do Laboratório de Transporte e Logística da Universidade de Santa Catarina. A expectativa é de que o estudo seja concluído no início do ano que vem. "Até janeiro de 2011 teremos os dados da pesquisa em mãos, complementando a mais importante fase desta etapa do projeto, e partindo para a aprovação de recursos para implantar o trem de passageiros na região", informou Thimóteo.

Viabilidade econômica

O Trem Pé-Vermelho foi um dos dois projetos selecionados pelo programa do governo federal de trens regionais. Os estudos são realizados pelo Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (Labtrans), que recebeu R$ 800 mil do governo federal para o trabalho. Desse volume, metade foi direcionada para o trecho paranaense e o restante para o projeto do Trem da Serra Gaúcha, entre os municípios de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

As discussões sobre a volta do trem de passageiros na região teve início há cerca de quatro anos, através de articulação da Agência de Desenvolvimento Terra Roxa. Já foram realizados os estudos de viabilidade econômica, que apontaram que a região possui um padrão de desenvolvimento social e econômico dos mais elevados do País.

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