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A proposta que prevê a demissão dos secretários municipais de Sarandi que moram em outras cidades, aprovada por unanimidade pelos vereadores locais, foi vetada pelo prefeito Milton Martini (PP). A Câmara recebeu o veto nesta semana. O projeto de lei determina que, caso não fixem residência em Sarandi em um prazo de 60 dias, os secretários que moram fora sejam exonerados do cargo. Cinco dos dez secretários seriam atingidos, incluindo os de Educação, Saúde e Urbanismo.

A assessoria de imprensa da Prefeitura informa que Martini vetou a lei porque esta seria inconstitucional, porém não forneceu detalhes do que estaria errado. O assessor alegou que, como esta sexta-feira (27) é feriado em Sarandi, que celebra o dia da padroeira, Nossa Senhora das Graças, não conseguiu contato com os responsáveis pelo assunto. O presidente da Câmara, Cilas Moraes (DEM), ainda não consultou o texto.

A Prefeitura informa ainda que Martini tem um projeto de reforma do secretariado, que será levado a cabo no início do 2010 e que vai provocar mudanças no atual quadro.

Veto deve ser derrubado

A decisão de Martini surpreendeu os vereadores. "Quando aprovamos o projeto, o prefeito se comprometeu, inclusive perante emissoras de tevê, a sancioná-lo. Agora mudou de ideia", disse Moraes. Ele fala que os vereadores tendem a barrar o veto na próxima sessão plenária, que acontece na segunda-feira (30). Para isso, é preciso o voto de dois terços dos parlamentares - no caso de Sarandi, 7 votos. Se isso ocorrer, a lei passa a vigorar, sem possibilidade de apelação.

Moraes defende a exoneração dos secretários "forasteiros" alegando que estes não seriam totalmente comprometidos com as causas da cidade. "Recentemente houve uma chuva e tentamos contato com o secretário de Urbanismo, mas não conseguimos falar com ele. Há uma dificuldade especial de encontrar esses secretários nos fins de semana".

O secretário citado, Bauer Pessini, não foi encontrado pela reportagem. A assessoria da imprensa afirma que ele atua no funcionalismo público da cidade há mais de duas décadas, o que indica a relação próxima de Pessini com a cidade, situação que se repetiria com os demais secretários que habitam outras cidades.

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