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O Ministério da Educação (MEC) está negociando com o Ministério da Fazenda e o Palácio do Planalto mais recursos para a reabertura do programa de financiamento estudantil (Fies) em 2015. “Estamos conversando com a Fazenda e o Planalto e vendo os custos para a reabertura do programa”, afirmou o ministro da pasta, Renato Janine Ribeiro. De acordo com o dirigente, o programa precisa de uma definição nas próximas duas ou três semanas para que seja definida a reabertura ainda este ano.

Os recursos para a primeira edição já estão esgotados, de acordo com o ministro. Janine afirmou ainda que, se tiver recurso, o MEC pretende reabrir o programa. O ministério também espera economizar 20% dos gastos com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na próxima edição marcada para outubro deste ano, segundo o secretário executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa. O MEC anunciou hoje um conjunto de medidas para aperfeiçoar a realização do exame e aumentou a taxa de inscrição da prova de R$ 35 para R$ 63. “Esperamos ter uma redução (de custos) próxima a 20% este ano”.

No ano passado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao MEC, gastou R$ 452 milhões com a realização da prova. Com as medidas anunciadas, a economia com a próxima edição ficará perto dos R$ 90 milhões. O custo do exame por aluno é de R$ 52 e, segundo o secretário executivo, o valor deve se manter. Sobre a economia com as medidas tomadas, Janine afirmou que a “meta principal é fazer o Enem, e não fazer economia”. A entidade também espera 9 milhões de inscritos para as provas em outubro.

A partir desta edição, os alunos não receberão mais o cartão de confirmação de inscrição em casa via correio. Os inscritos passarão a ter acesso ao cartão por meios digitais e deverão pegar o arquivo no site do Enem. Só com essa medida, o ministério espera economizar algo em torno de R$ 18 milhões.

O MEC também anunciou medidas para evitar os faltosos durante o exame. Os inscritos isentos que não comparecerem ao exame e não apresentarem justificativa, não poderão solicitar isenção na edição do ano seguinte. Com isso, a pasta espera evitar desperdício do dinheiro público já que aproximadamente 65% dos faltosos são isentos da taxa de inscrição.

Perguntado sobre a possibilidade de realização do Enem pelo computador por alunos que realizam a prova como treino, o ministro afirmou que o Enem Digital continua nas metas do governo, mas que ele necessita de um investimento inicial. “Este ano nós não temos recursos para colocar em prática esse projeto, mas podemos fazer no ano que vem”, disse.

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