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As turbulências na economia mundial podem resultar na descontinuidade das políticas de incentivo ao desenvolvimento de tecnologias para produção de energia limpa. O alerta é do coordenador do Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente da Coppe/UFRJ, Emilio La Rovere. Para o pesquisador, o cenário seria "fatal" para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa no planeta.

"Uma recessão pode ter efeito muito pernicioso se interromper esse processo de mudança gradual", afirmou La Rovere. Ele defendeu a continuidade dos subsídios para novas tecnologias limpas de produção de energia, mesmo durante a crise. Criticou também as políticas de países como Alemanha e Espanha, que, segundo ele, teriam cortado incentivos à energia eólica e solar. "Os subsídios tendem a ser decrescentes ao longo do tempo, mas não pode haver uma descontinuidade, pois seria fatal."

Para La Rovere, o Brasil tem condições de reduzir a emissão dos gases do efeito estufa até 2020 por meio de um freio no desmatamento no país. A partir desse período, acrescentou o pesquisador, a redução das emissões dependeria de uma política ampla de expansão da geração de energia por fontes renováveis, como eólica, solar, etanol, biodiesel e hidrelétricas. Nesse último caso, ressaltou que as usinas devam ser instaladas respeitando-se o meio ambiente, especialmente na região amazônica.

O especialista participou nesta quarta-feira do The Rio Climate Challange - Rio Clima, evento paralelo à Rio+20, que acontece na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

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