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Um menino de 4 anos morreu engasgado com um chiclete, em Belo Horizonte. Acidentes desse tipo são mais comuns do que se imagina. Só no primeiro semestre deste ano, o maior hospital de Minas Gerais atendeu mais de 1.600 casos parecidos.

A mãe disse que, na saída da creche, na segunda-feira (14), deu um chiclete para o filho. "Ele saiu correndo para brincar e, quando voltou, já estava engasgado. Fiz o que pude, tentei enfiar o dedo na garganta e tudo", lembrou.

Ele foi levado às pressas para um posto de saúde. Mas a mãe conta que não havia médicos, por causa da uma greve. Um enfermeiro tentou ajudar, mas foi em vão. "Se tivesse um médico, com certeza meu filho estaria vivo agora", lamentou. O jogador Aloísio, do Vasco, estava correndo quando se chocou com um zagueiro durante uma partida, em agosto. Ele desmaiou e só foi salvo porque o médico notou que o jogador tinha um chiclete preso na garganta e, por isso, não conseguia respirar.

Orientação

No maior pronto-socorro de Minas Gerais, 249 pessoas com idade entre 13 e 19 anos foram atendidas depois de engasgar com algum objeto só no primeiro semestre deste ano. Com crianças de até 12 anos, o número sobe: foram 1.383 casos.

O pediatra Paulo Bittencourt diz que não há mais risco se o chiclete chegar ao estômago. O problema é quando ele vai para as vias respiratórias. E não é só chiclete: ele já atendeu uma criança que tinha um prendedor de cabelo na garganta.

É importante agir rápido. Se a criança tiver menos de 1 ano, é preciso virá-la de bruços e pressionar as costas, perto do pescoço. Acima dessa idade, o ideal é que a criança fique de pé e o adulto faça pressão na barriga dela, com os dois braços. Tentar retirar o objeto com os dedos pode piorar a situação.

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