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A Polícia Federal (PF) garante que mesmo em greve - que completa um mês nesta sexta (7) - vai trabalhar normalmente durante as eleições deste ano. O Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef-PR) relata que a decisão foi oficializada em assembleia virtual entre entidades representativas da categoria em todo o Brasil, realizada nesta quinta-feira (6).

Com isso, os trabalhos de vigilância de urnas, segurança de juízes, apuração de delitos relativos ao pleito e cumprimento de solicitações feitas por tribunais eleitorais devem ser executadas sem restrições no 1º e no 2º turno, que ocorrem respectivamente nos dias 7 e 28 de outubro. "Nós retornaremos com o quadro completo para trabalhar durante o processo eleitoral em prol da democracia do Brasil, já nos colocamos à disposição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)", diz o presidente do Sinpef-PR, Fernando Vicentine.

Manifestações de 7 de setembro

Durante a conversa, Vicentine disse que os policiais discutiram a realização de atos nesta sexta-feira (7), dia em que se comemora a Independência do Brasil. Segundo ele, serão feitas manifestações em vários pontos do país. No Paraná, a cidade de Foz do Iguaçu terá aglomeração de agentes da PF pela manhã, assim como em Brasília, que deve receber um protesto durante o tradicional desfile militar.

O dirigente da entidade representativa dos policiais no Paraná relata que a cidade de Foz do Iguaçu foi escolhida como palco da manifestação porque é o local no qual há a maior pressão pelo retorno ao trabalho. "Há ameaças do Ministério da Justiça de que vão cortar o ponto, abrir processos administrativos, mas não vamos parar a greve por causa disso."

Pela assessoria de imprensa, o Ministério da Justiça afirma que respeita o direito à greve, mas não tolera abusos nem desrespeito à lei. "Evidente que paralisações de agentes públicos sempre atrapalham, especialmente em um órgão tão importante para o país como é a Policia Federal. O que eu posso dizer apenas é que a liberdade de manifestação existe, agora em casos de abusos e transgressões da lei, os responsáveis serão punidos", afirmou o ministro José Eduardo Cardozo em nota.

A greve

A greve da PF começou no último dia 7 de agosto, quando houve a aprovação, em assembleia da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) de uma paralisação por tempo indeterminado. Durante o mês de agosto, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e as entidades representativas sentaram à mesa para diversas rodadas de negociação.

Outras categorias também estavam em greve, mas a maioria delas aceitou o reajuste proposto pelo governo de 15,8%, a serem divididos nos próximos três anos. A PF, no entanto, alega que a principal reivindicação da classe não é o aumento salarial, mas sim uma reestruturação na carreira. Outra bandeira defendida pelos sindicatos dos policiais federais é a recomposição do efetivo, que, segundo os grevistas, está defasado.

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