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Os policiais rodoviários federais voltam ao trabalho nesta quarta-feira (29) depois de seis dias de paralisações no Paraná. O saldo da negociação, conforme o sindicato representante da categoria no Paraná, é negativo. A categoria que tinha como principal bandeira a reestruturação da carreira e recomposição do efetivo começa a retirar as faixas de manifestações sem perspectiva de novos concursos públicos.

Conforme o diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Paraná (Sinprf-PR), Sidnei Nunes, a assembleia realizada nesta terça-feira (28) pela categoria a nível nacional teve 13 votos a a favor e 11 contra a proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O resultado determinou a volta dos funcionários públicos aos seus postos de trabalho.

"Se dependesse apenas dos policiais Paraná, a greve teria continuado. O que governo ofereceu não cobre nem as perdas salariais. Quem perde com isso é a população. No Contorno Sul vamos continuar com pouca gente, na fronteira teremos o mesmo número reduzido, porque simplesmente não tem gente", cita.

Saldo da greve

Os servidores públicos que aceitaram a proposta, inclusive a PRF, receberão um aumento de 15,8% divididos nos próximos três anos. A única mudança de carreira para a PRF foi burocrática. A partir de agora, o ingresso e o desenvolvimento dentro da corporação passam a ser de nível superior. Anteriormente, apenas a entrada de novos funcionários exigia o curso superior, a evolução dentro da polícia não era considerada da mesma maneira.

"Isso não causa efeito nenhum agora, mas pode ser um combustível para lutarmos por melhores salários futuramente", diz Nunes.

Durante o período de paralisação, do dia 23 ao dia 29, apenas acidentes tiveram atendimento dos agentes. Entrega de boletins de acidente, solicitação de recurso de multa, operações de escolta e disponibilização de veículo batedor nas rodovias foram cancelados. A PRF aconselha as pessoas que eventualmente não foram atendidas durante a greve a procurar um posto policial a partir desta quarta.

Manifestações antes da greve

Antes de entrar em greve, a PRF realizou as chamadas operações-padrão, nas quais veículos e cargas eram fiscalizados detalhadamente. As manifestações geraram transtornos, até que o Superior Tribunal de Justiça (STJ)proibiu esse tipo de protesto. Foi em decorrência da decisão que a categoria cruzou os braços na última semana, até a retomada do trabalho pela aceitação da proposta do governo.

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