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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Salvador – Em Salvador (BA), onde visitou ontem o Comando do 2.º Distrito Naval e a Base Naval de Aratu, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que aguarda o resultado das investigações sobre a queda do Learjet da empresa Reali Táxi Aéreo, ocorrido domingo em São Paulo, causando a morte de oito pessoas. Mas voltou a afirmar que vai cobrar da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mais rigor na fiscalização da manutenção das aeronaves que circulam no país. "Essa fiscalização tem de ser aprofundada na aviação comercial como um todo, mas especialmente sobre as aeronaves pequenas, como as que fazem táxi aéreo", afirmou.

Domingo, Jobim havia determinado ao diretor da Anac Allemander Pereira Filho – que assumiu o cargo há uma semana – que fizesse uma avaliação do sistema de fiscalização, para verificar se as regras são cumpridas e se seriam necessárias normas mais rígidas no setor, por considerar que há "muitos problemas nesse segmento".

O ministro também falou que é preciso haver uma "reestruturação da malha aérea brasileira", com mais companhias operando, para que a crescente demanda dos passageiros seja totalmente atendida. "As duas grandes do setor (TAM e Gol) já estenderam ao máximo a capacidade de atendimento", acredita.

Os trabalhos de identificação dos corpos das vítimas do acidente com o jato Learjet foram concluídos pelos peritos do Instituto Médico Legal Central de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o IML conseguiu identificar os oito corpos. As três últimas vítimas a serem reconhecidas foram: Lina Oliveira Fernandes, de 74 anos, Aires Fernandes, 53 anos e Luan Victor Lima, de 10 meses. O IML já havia identificado os corpos de Lucas de Souza Sá Júnior, 20 anos, Ana Maria Lima Fernandes, 21 anos, Rosa Lacerda de Lima Fernandes, 55 anos, Paulo Roberto Montezuma Firmino, 39 anos e Alberto Soares Junior, 24 anos.

Manobra brusca

Os passageiros do vôo 3813 da TAM que ia de Palmas a São Paulo, com conexões em Brasília e Goiânia, foram surpreendidos durante a viagem por uma manobra considerada "brusca" da aeronave. O avião havia decolado da capital do Tocantins, às 5h16 (hora local - 6h16 de Brasília), e já estava sobrevoando o Distrito Federal, quando o incidente aconteceu.

Segundo o médico Frederico Henrique de Melo, um dos passageiros, o tempo estava muito nublado, mas o vôo seguia sem contratempos. De repente, a aeronave, um Fokker 100, com lotação completa arremeteu (subiu bruscamente), provocando um susto nos passageiros. Melo conta que depois da manobra o comandante usou o serviço de som do avião, para se desculpar, justificando que tomou a medida para evitar uma colisão com outra aeronave.

Quando o avião pousou em Brasília, o piloto informou o ocorrido aos controladores de vôo do aeroporto. A Assessoria de Comunicação da TAM, em nota, disse desconhecer os motivos que provocaram a manobra da aeronave. A nota também esclarece que o "procedimento é considerado normal, sem risco", sendo que a manobra "está prevista dentro dos padrões da aviação".

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