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O número de motociclistas mortos em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo registrou a primeira queda desde 2009, segundo balanço da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgado na quarta-feira (5). A redução é de 23% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em números absolutos, as mortes caíram de 275 casos em 2011 para 211 neste ano - o que ainda mantém a média de mais de uma morte por dia.

Em nota, a CET atribuiu a queda a três fatores principais: proibição da circulação de motos nas pistas expressas da Marginal do Tietê, aumento da fiscalização da velocidade dos motociclistas - com a instalação de 19 radares para motos e a aquisição dos chamados radares-pistola, que são dispositivos móveis operados por marronzinhos - e curso de educação do trânsito.

Quem trabalha nas ruas questiona o levantamento. "Não posso falar em maquiagem, até porque não vi o estudo. Mas você não vê, nas ruas, menos mortes acontecendo. Só hoje (ontem), tive notícia de mais três colegas mortos", diz o presidente do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP), Gilberto Almeida dos Santos. "Acho muito tímido o que a CET faz para reduzir as mortes na cidade. O que fizeram? A motofaixa de três quilômetros na (Rua) Vergueiro?"

O Relatório Anual de Acidentes de Trânsito Fatais da cidade publicado pela Prefeitura neste ano e referente a 2011 mostra que, dos 512 motociclistas mortos em São Paulo no ano passado, só 47 (ou 9%) eram motoboys. O restante foi composto por pessoas que tinham outras profissões e usavam a moto como meio de transporte.

Alerta

A morte de motociclistas é atualmente o fator que mais preocupa os gestores do trânsito da cidade. Esse quesito foi o único que teve aumento, em 2011, em relação ao ano anterior, segundo o relatório. Foram 478 mortes em 2010, o que representa aumento de 7,1%. A frota de motos é estimada em 950 mil veículos.

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