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Uma tripulante do navio MSC Armonia, que atracou em Santos na última quarta-feira, morreu na noite de ontem no Hospital Ana Costa, na cidade do litoral paulista.

Desde a internação, Fabiana Pasquarelli, 30 anos, vinha respirando com a ajuda de aparelhos. Por causa da morte e da internação de outros cinco tripulantes do mesmo navio, o Armonia foi retido no cais para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomasse as providências necessárias.

De acordo com a publicitária Ane Souza, que nesta manhã esperava pelo embarque em navio de outra companhia, no porto havia bastante movimentação da Polícia Federal e tumulto entre os passageiros que aguardavam o embarque. Ane conta que uma funcionária do porto informou que o navio em questão estava em quarentena até que fosse feita a verificação do risco de contágio de doenças. O Armonia tem capacidade para 2,2 mil passageiros e 700 tripulantes, divididos em 783 cabines.

No início da tarde a MSC Cruzeiros divulgou nota lamentando o ocorrido. Segundo o texto, a tripulante foi internada na última quarta-feira com tosse e febre e diagnóstico inicial de pneumonia. Médicos ainda aguardam o resultado de uma série de exames laboratoriais.

Toda a tripulação do Armonia foi vacinada e não teve autorização para descer do navio. Demorou mais de seis horas para que os passageiros, que passaram três noite no navio que passou pela Ilha Grande (RJ) e Ilhabela (SP) pudessem deixar a embarcação, após liberação da Anvisa.

Segundo alguns passageiros, as horas de espera não foram justificadas pela empresa e não houve qualquer explicação sobre o atraso. Segundo Ivete Fagundes, da agência de turismo Ivetur, de Curitiba, passageiros não foram bem atendidos no porto. "Estão sem ter onde sentar e o que comer há horas, é uma vergonha, uma falta de respeito", afirmou.Um dos passageiros ouvidos, já dentro do navio Armonia, disse que ao perguntar a recepcionista do navio sobre a morte da tripulante, ouviu a resposta: "Temos mais de dois mil passageiros, o senhor imagine se tivéssemos que dar explicações a cada um deles sobre o que aconteceu."

Falta de estrutura

São comuns reclamações entre os passageiros que aguardam pelo embarque em navios no Porto de Santos. Não há estrutura para acomodar todos os passageiros de todos os navios e muitos aguardam horas pelo embarque, sentados no chão ou nas malas. Os banheiros também costumam ter grandes filas, especialmente no fim da manhã, período que concentra o início da maioria dos check-ins nos navios. Os preços praticados pela alimentação nos estabelecimentos do terminal de passageiros também é considerado abusivo. Um pão de queijo médio, por exemplo, custa R$ 6.

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