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 | Atila Alberti/TRIBUNA DO PARANA
| Foto: Atila Alberti/TRIBUNA DO PARANA

O secretário de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp), Wagner Mesquita, afirmou nesta segunda-feira (24) que a morte do jovem de 16 anos dentro de uma escola ocupada em Santa Felicidade, em Curitiba, foi uma “tragédia presumida” e fez um apelo para que os jovens que estão ocupando os colégios estaduais se sensibilizem e deixem as instituições de ensino. Um colega do adolescente, de 17 anos, é suspeito pelo assassinato e foi apreendido. O Colégio Estadual Santa Felicidade foi desocupado na noite de segunda.

“Eu espero que esse caso sirva de exemplo e esse movimento recue. Espero que os pais se responsabilizem pelos seus filhos”, disse o secretário.

Morte de aluno em escola ocupada choca pais, alunos, professores e moradores em Santa Felicidade

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Mesquita afirmou que o governo esteve disposto ao diálogo e que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) nunca cogitou fazer a desocupação forçada das escolas. “O governo sempre esteve disposto ao diálogo, apresentando pautas perante ao governo federal, estas que nem são pautas do estado. O governo fez tudo o que era possível e cabível”, afirmou.

Segundo ele, a atuação da Sesp diante do movimento a partir de agora será observado caso a caso. Mesquita disse também que um gabinete de crise foi criado dentro da Sesp para analisar a situação das escolas ainda nesta segunda-feira (24), antes mesmo do ocorrido, para avaliar a situação de cada ocupação.

“Uma coisa é uma escola estar invadida, outra é ela estar invadida e ter reintegração decretada e outra é ter reintegração e uma investigação criminal em cima. Cada uma deve ter uma atuação específica da Secretaria de Segurança”, salientou.

Mesquita ainda pediu que os movimentos contrários às ocupações não tentem retomar as escolas e afirmou que toda e qualquer atitude deve ser tomada judicialmente. “Não podemos fazer um exercício arbitrário utilizando como base as próprias razões”.

Movimento Ocupa Paraná pede paz

O movimento Ocupa Paraná – que concentra orientações para as ocupações dos colégios no estado – disse que, apesar de serem estudantes do colégio, nem a vítima e nem o suspeito participavam ativamente da ocupação da instituição. O movimento afirmou que o futuro das ocupações será decidido em assembleia com todos os alunos, que ocorrerá em Curitiba na próxima quarta-feira (26).

O Ocupa Paraná também divulgou uma nota de pesar pela morte do estudante e afirmou que não vai culpabilizar ninguém pelo ocorrido . “Neste momento queremos apenas prestar solidariedade à família, que perde um dos seus para o ódio, para a intolerância e para a violência”, diz a nota.

O coletivo pediu ainda que estudantes do Paraná, professores e comunidades façam atos em solidariedade à família do jovem. “Em vigília contra a violência que vem sendo propagada contra as escolas, orientamos todos para que nesse momento reforcem suas energias por esse garoto de apenas 16 anos que pagou todo o ódio propagado com sua vida dentro de um local marcado pela luta dos estudantes paranaenses”, completa o movimento.

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