Curitiba e região metropolitana registraram 27 mortes violentas da meia-noite de sexta-feira até as 17 horas de ontem. Quinze casos foram de assassinatos. Em Curitiba, um rapaz de 19 anos foi metralhado em casa. Em Piraquara, um homem de 54 anos e o neto dele, de 19 anos, foram mortos com tiros na cabeça. O saldo parcial de mortes violentas informadas pelo Instituto Médico Legal (IML) e pela Polícia Militar (PM) é superior à média de abril e maio. O mês com os fins de semana mais violentos foi fevereiro, com 30 mortes em média. Em maio, a média foi de 13 mortes violentas e em abril 17.
Ontem, perto das 14 horas, Gilson Patrick da Costa, 19 anos, foi surpreendido em casa por dois homens encapuzados. Eles invadiram a residência com uma metralhadora de calibre 9mm e dispararam contra o rapaz, que levou de 10 a 12 tiros, segundo a PM. O assassinato ocorreu na Rua Nagib Nacle Mitri, na Cidade Industrial. A Delegacia de Homicídios não tinha informações da autoria e do motivo do crime até a noite de ontem.
Em Piraquara, Joaquim de Lima, de 54 anos, e o neto dele, Leonardo Alves de Abreu, de 19 anos, saíram de casa de carro para comprar cerveja pouco antes do jogo do Brasil contra a Costa do Marfim pela Copa do Mundo. Porém, em frente de uma mercearia na Rua Matinal, em São José dos Pinhais, os dois foram rendidos por um homem armado, que embarcou no carro deles, um Palio. Um segundo homem teria acompanhando o deslocamento do veículo numa moto. Os corpos de avô e neto foram encontrados mais tarde com tiros na cabeça, Ra rua Severino Vieira da Silva, próximo ao local onde ocorre o tradicional Baile do Pato, em Piraquara. Até ontem a delegacia da cidade também não tinha informações sobre o crime.
No fim da tarde de ontem, outro jovem de 19 anos foi assasinado. Após discutir no trânsito com um motociclista, em Colombo, Ronaldo Rafael Borges levou dois tiros na Rua Papa Calixto Segundo, no Jardim Planalto, e morreu na hora. O carro que ele dirigia ficou sem controle e bateu no muro e na parede de uma casa.