Em audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), uma grupo de trabalho discutiu, na manhã desta quarta-feira (5), o problema da falta de médicos no interior do Brasil. A baixa remuneração, a precariedade no trabalho e a ausência de um plano de carreira no serviço público são as principais reclamações da categoria. O grupo de discussão da Alep criticou também o plano do Itamaraty de trazer médicos cubanos, espanhóis e portugueses ao Brasil.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Alexandre Bley, a distribuição dos médicos está de acordo com a proporção da população. "O governo, quando diz que há falta de médicos, difunde a desinformação e desvia a atenção das pessoas. O que faltam são postos de trabalho", afirmou.
João Carlos Baracho, presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), criticou a estratégia do governo de abrir mais faculdades nas cidades do interior. A medida teria que vir acompanhada de melhores condições profissionais, com serviços de apoio e ferramentas de diagnóstico e terapia, de acordo com ele. "É necessária uma política de fixação do médico no interior, com um vínculo formal ao invés de temporário. Os médicos formados no exterior são bem-vindos no Brasil desde que comprovem a sua capacidade técnica", disse.
O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida) reprovou 91,2% dos candidatos em 2012. Plano de carreira
O principal problema da escassez de médicos no interior brasileiro é a falta de recursos humanos na área da saúde pública, segundo o promotor público Marco Antonio Teixeira. Como consequência, a maioria dos médicos optam pela iniciativa privada. "É preciso reelaborar um plano de carreira para o médico do SUS, através de leis municipais, estaduais e federais", defendeu.
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