
Rio de Janeiro - Um veleiro-escola canadense, com 48 adolescentes a bordo, naufragou a cerca de 560 quilômetros da costa fluminense. A embarcação havia partido do Recife (PE), no dia 8, e estava a caminho de Montevidéu, no Uruguai, quando virou em alto-mar e afundou em seguida por causa de fortes ventos. Toda a tripulação além dos alunos, havia 16 profissionais escapou em quatro balsas salva-vidas. Eles devem chegar hoje a terra firme.
O Concordia emitiu o sinal de socorro por volta das 17 horas de quarta-feira passada. A Marinha acionou a Força Aérea Brasileira (FAB), que sobrevoou a região do naufrágio. Às 20 horas, a primeira balsa foi localizada. A Marinha, então, entrou em contato com três navios mercantes que estavam na região Hokuetsu Delight, Cristal Pionner e SE Stao Knutsen , que resgataram os náufragos.
Um rebocador e duas fragatas da Marinha foram enviados para a região para transportar os tripulantes para o Rio, uma vez que os navios mercantes vão seguir suas rotas. A previsão era de que a primeira fragata alcançasse os navios na madrugada de hoje. Até ontem à noite, ainda não se sabia como seria feita a transferência entre as embarcações se por bote, balsa ou helicóptero. Tudo dependeria das condições do mar e do vento. A Marinha havia emitido alerta de que os ventos na região podiam atingir 65 km/h. O veleiro Concordia pertence à instituição canadense West Island College. A diretora da escola, Kate Knight, disse à reportagem que foi informada do acidente na quinta-feira. Até ontem, a instituição, que fica em Lunenburg, na Província de Nova Scotia, não havia conseguido fazer contato com o barco pelo telefone via satélite nem por e-mail.
Dos 64 tripulantes, 16 são professores, cozinheiros e profissionais que manejam e administram o veleiro. Os estudantes têm entre 16 e 19 anos e cursam o décimo ano do ensino médio viajando ao redor do mundo durante dez meses. Todos estão salvos e não correm risco de morte, mas a Marinha não soube informar se há feridos.
Matriculados no programa Class Afloat ("aula embarcada"), os garotos têm aulas a bordo e também desembarcam em alguns portos por onde passam, a fim de interagir com os habitantes e experimentar trocas culturais. Os alunos são de países como Canadá, Estados Unidos e México. O programa custa entre 28,5 mil dólares canadenses (R$ 49.166) e 42,5 mil dólares canadenses (R$ 73.662).
-
Suposta pressão para MPF acusar Bolsonaro contraria garantias dadas a procuradores
-
Falta de regulação e fiscalização: ONGs são usadas como fachada para defesa de interesses do crime
-
Agenda sindical ganha espaço no governo Lula; ouça o podcast
-
Oposição pede socorro à OEA e a políticos americanos contra erros e abusos da Justiça no Brasil
Manifestação marcada para 15/11 ainda tem baixa adesão de políticos de direita
Justiça nega tirar do ar vídeo que aponta relação de ativista pró-aborto com ONGs
Rivalidade sobre transposição do São Francisco é briga por autoria de erro histórico
Enquete: Você é a favor ou contra proibir a remoção de moradores de rua?