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Concorrência

Comissão avalia hoje os documentos de mais 101 novos taxistas da capital

Serão abertos hoje os envelopes com a documentação dos últimos 101 participantes que concorrem às 750 novas licenças de táxi em Curitiba. Se houver concorrentes inabilitados, a comissão de licitação fará novas sessões para abertura de novos envelopes até completar os 750 aprovados. Já são 649 os licitantes autorizados a fazer o cadastro de taxista na Urbs.

A previsão é que até o fim deste mês todos estejam circulando, aumentando a frota de táxis da capital para 3.002 veículos. Esta é a primeira ampliação de frota dos últimos 40 anos.

As novas autorizações valem por um prazo de 35 anos. Nesse período, o dono da placa só poderá transferir a autorização uma única vez. Além disso, isso só pode ocorrer três anos após o recebimento do termo de outorga.

Os 750 táxis que até o fim de maio serão incorporados à frota de Curitiba vão atenuar a insatisfação com esse serviço. Oito entre dez curitibanos acham que o número atual de veículos não é suficiente para atender a demanda dos usuários na capital. Metade deles já desistiu alguma vez de esperar pelo táxi e cancelou o pedido. Os dados são parte do resultado de uma consulta realizada pela Paraná Pesquisas a pedido da Gazeta do Povo. Foram entrevistadas 504 pessoas entre 12 e 15 de abril.

INFOGRÁFICO: Pesquisa revela como os curitibanos avaliam o serviço de táxi na capital

Entre os moradores de Curitiba ouvidos pelo instituto e que usaram táxi, 73% costumam requisitar as centrais que oferecem o serviço. Desses, 12% consideram o atendimento ótimo, 45% avaliam como bom. Outros 27% consideram regular e 13% acham ruim ou péssimo. O restante não soube avaliar. A central mais lembrada pelos entrevistados é a Rádio Táxi Sereia, com 18%, seguida pela Rádio Táxi Cidade, com 16%.

Apenas 8% dos entrevistados costumam usar algum aplicativo de celular para chamar táxi pela internet. O aplicativo mais lembrado é o Easy Táxi, com 3% das citações. Entre os que usam esse recurso para contratar uma corrida, 56% avaliam o serviço entre ótimo e bom. Outros 20% o consideram ruim ou péssimo. Os demais ficaram com a opção "regular" ou não souberam responder à pergunta.

Para 44% dos entrevistados, o tempo de espera após chamar um táxi oscila entre 5 e 15 minutos, mesmo porcentual dos que precisam esperar de 15 a 30 minutos. Outros 11% disseram que o tempo de espera fica entre 30 minutos e uma hora. Dos entrevistados, 35% já tiveram de esperar quase uma hora por um táxi após a chamada. Para 1% dos entrevistados, esse tempo extrapolou uma hora. Pouco mais da metade dos entrevistados (51%) já desistiu de esperar pelo táxi e cancelou o pedido.

De modo geral, 53% dos curitibanos consideram bom ou ótimo o serviço de táxi. Outros 30% avaliam como regular e 17% acham ruim ou péssimo. O restante não soube responder. A avaliação dos taxistas está bem melhor do que a dos serviços em si. Para 81% dos entrevistados, o comportamento dos taxistas que atuam na cidade é bom ou ótimo.

Oito entre dez entrevistados disseram nunca ter se sentido mal com o atendimento do taxista. Entre os 18% que se sentiram mal, 11% disseram que o taxista foi grosseiro. Outras citações se referiam ao desrespeito ao Código de Trânsito, desconhecimento da cidade, cobrança mais cara da corrida, opção pelo caminho mais longo, recusa da corrida e sujeira no carro.

Entre a demora e a desistência

Leitores da Gazeta do Povo avaliaram o serviço de táxi em Curitiba num fórum aberto no site do jornal. "Não tenho reclamação a fazer com relação aos táxis de Curitiba. Todas as vezes que solicitei um táxi por telefone, fui atendida prontamente", diz Branca Picanço Francisco. Mas outros relatos revelam frustrações.

Ricardo Scartezini Marques conta que há duas semanas a esposa agendou um táxi às 20 horas para levá-la às 21 horas à rodoviária. Diante do atraso de 10 minutos, ligou à central e não havia veículo disponível. Solicitou outro carro em outra empresa e às 21h30 a empresa ainda não tinha mandado nenhum carro. Resultado: ela perdeu o ônibus e a passagem. "Obrigado pela eficiência no serviço", ironiza Ricardo.

Vanessa Brietzke descreve sua experiência. "Ano passado fui ao feriado de 7 de Setembro e à noite liguei para marcar táxi no domingo de manhã cedo para fazer concurso. Todos os pontos de táxi que liguei (e foram vários) ninguém atendia, e o que atendeu disse que não agendaria", relata. Quando já estava extremamente nervosa e sem esperança, conseguiu agendar. Pela manhã, o motorista disse que não sabia como agendaram. "O serviço de taxi em Curitiba é péssimo."

O problema não é de hoje. "Há uns três anos, eu iria me encontrar com uns amigos em um barzinho no Água Verde. Chovia muito, eu estava saindo do trabalho em Colombo para ir ao destino e era horário de pico. Os ônibus estavam lotados, então resolvi chamar um táxi. Péssima ideia. Liguei para vários números, mas todos só davam ocupado. Insisti durante um bom tempo, mas só ouvia sinal de ocupado. No final das contas, fui de ônibus mesmo e cheguei no meu destino, ainda que encharcado", diz o leitor Bento.

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