São Paulo - O Brasil conseguiu reduzir o número de pessoas que vivem em favelas em 16% desde 2000, de acordo com o relatório State of the Worlds cities 2010/2011, divulgado ontem pela Divisão de Habitação da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o documento, cerca de 10,4 milhões de pessoas tiveram suas condições de vida melhoradas nos últimos dez anos. Apesar da evolução, o desempenho é inferior à média de progresso da América Latina, que teve uma redução de 19,5% no número de habitantes de favelas, segundo a Agência Brasil.
O relatório indica que a parcela de brasileiros que mora em áreas urbanas carentes passou de 31,5% para 26,4%, devido principalmente às políticas sociais e econômicas, à diminuição na taxa de natalidade e à redução na migração do campo para a cidade. Mesmo assim, 54,6 milhões ainda vivem em moradias consideradas inadequadas no país. Em todo o mundo, um total de 227 milhões de pessoas conseguiu deixar as favelas na última década.
Os países mais populosos da América Latina Argentina, México, Colômbia e Brasil contabilizaram 79% do avanço nas condições de vida dos moradores das favelas por causa de um acesso maior a saneamento e água. Mesmo com o bom desempenho brasileiro, Argentina e Colômbia foram os países mais bem sucedidos, já que reduziram em 40% sua população residente em favelas. A República Dominicana também é citada como bom exemplo, por reduzir em 30% o número de pessoas que vivem em moradias precárias.
Apesar disso, o ritmo de crescimento da população das favelas foi maior que o número de pessoas que deixaram de morar nessa condição. A população total de habitantes de favelas cresceu, passando de 776,7 milhões para 827,6 milhões no período.
Corredores urbanos
O estudo também chamou a atenção para o fenômeno dos corredores urbanos, pequenas faixas de terra entre duas ou mais cidades, que concentram grande número de habitantes. Cerca de 40 corredores urbanos concentram 18% da população mundial e 66% da atividade econômica global. Um dos corredores citados é a região entre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, que teria 63 milhões de habitantes cerca de um terço da população brasileira.
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião