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Rocinha, no Rio: apesar do bom desempenho brasileiro, país teve desempenho inferior à média da América Latina, que teve uma redução de 19,5% no número de habitantes de favelas desde o ano 2000 | Bruno Domingos/Reuters
Rocinha, no Rio: apesar do bom desempenho brasileiro, país teve desempenho inferior à média da América Latina, que teve uma redução de 19,5% no número de habitantes de favelas desde o ano 2000| Foto: Bruno Domingos/Reuters

São Paulo - O Brasil conseguiu reduzir o número de pessoas que vivem em favelas em 16% desde 2000, de acordo com o relatório State of the World’s cities 2010/2011, divulgado ontem pela Divisão de Habitação da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o documento, cerca de 10,4 milhões de pessoas tiveram suas condições de vida melhoradas nos últimos dez anos. Apesar da evolução, o desempenho é inferior à média de progresso da América Latina, que teve uma redução de 19,5% no número de habitantes de favelas, segundo a Agência Brasil.

O relatório indica que a parcela de brasileiros que mora em áreas urbanas carentes passou de 31,5% para 26,4%, devido principalmente às políticas sociais e econômicas, à diminuição na ta­­xa de natalidade e à redução na migração do campo para a cidade. Mesmo assim, 54,6 milhões ainda vivem em moradias consideradas inadequadas no país. Em todo o mundo, um total de 227 milhões de pessoas conseguiu deixar as favelas na última década.

Os países mais populosos da América Latina – Argentina, México, Colômbia e Brasil – contabilizaram 79% do avanço nas condições de vida dos moradores das favelas por causa de um acesso maior a saneamento e água. Mesmo com o bom desempenho brasileiro, Argentina e Colômbia foram os países mais bem sucedidos, já que reduziram em 40% sua população residente em favelas. A República Dominicana também é citada como bom exemplo, por reduzir em 30% o número de pessoas que vivem em moradias precárias.

Apesar disso, o ritmo de crescimento da população das favelas foi maior que o número de pes­­soas que deixaram de morar nessa condição. A população total de habitantes de favelas cresceu, passando de 776,7 milhões para 827,6 milhões no período.

Corredores urbanos

O estudo também chamou a atenção para o fenômeno dos corredores urbanos, pequenas faixas de terra entre duas ou mais cidades, que concentram grande número de habitantes. Cerca de 40 corredores urbanos concentram 18% da população mundial e 66% da atividade econômica global. Um dos corredores citados é a região entre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, que teria 63 milhões de habitantes – cerca de um terço da população brasileira.

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