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O plano para retirar os trilhos de trem de dentro de Curitiba deve ganhar novo fôlego no início do próximo ano. Em reunião nesta sexta-feira (4), em Brasília, representantes da prefeitura de Curitiba e do Ministério dos Transportes definiram que uma equipe do governo federal virá à capital em janeiro de 2010 para definir quais traçados serão escolhidos a oeste e a leste da cidade.

O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), do Ministério dos Transportes, elaboraram um plano com três alternativas de traçado a oeste e três a leste. A ideia é que até o final de janeiro o Dnit elabore o edital da licitação para contratar a empresa que fará o estudo de viabilidade econômica e ambiental da obra. A expectativa é que a obra comece em 2011.

No trecho oeste, a alternativa mais cotada é a que prevê a utilização do traçado da rodovia nos Contornos Rodoviários Sul e Norte. Outra opção é o projeto original do Contorno Ferroviário, em que os trilhos passariam por Araucária, Campo Largo, Campo Magro e Almirante Tamandaré, na região metropolitana. Na terceira proposta, chamada Extremo Oeste, a malha passaria por Balsa Nova, Campo Largo, Campo Magro, Almirante Tamandaré e Itaperuçu, também na região metropolitana. O traçado ficaria mais longe dos adensamentos urbanos, mas o custo de operação seria mais elevado.

No leste, as três opções preveem ligação com o aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e com o Porto de Paranaguá. A primeira alternativa utiliza o traçado do Canal Extravasor; a segunda prevê que os trilhos passem pela Avenida Marechal Floriano, na altura do bairro Boqueirão, e siga pelo Contorno Rodoviário Leste até Piraquara; e a terceira ideia é utilizar o traçado do Contorno Rodoviário Sul, sem passar pelo Boqueirão. "Essa alternativa é melhor do ponto de vista sócio-ambiental. O trem seria inteiramente desviado do Parque Iguaçu", afirma o arquiteto do Ippuc Luiz Hayakawa, que participou da reunião desta sexta-feira.

Segundo Hayakawa, no trecho leste há menos restrições ambientais. "O problema lá é mais social e urbanístico, poderia haver acidentes e muitas crianças atravessando", afirma. Em setembro, o presidente do Ippuc, Cléver Almeida, estimou o valor da obra em R$ 500 milhões, mas só será possível definir o valor depois que o estudo for feito. Haykawa não teme que a mudança no governo federal, depois das eleições de 2010, possa atrasar o inviabilizar o projeto. "A prefeitura, o governo estadual e o governo federal entenderam que o projeto é uma prioridade. E as três esferas de governo são de partidos diferentes", disse. "O importante é retirar esse conflito que existe na zona urbana. Não é possível mais conviver com trens de carga em uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes." Segundo o Ippuc, a União poderá ceder as áreas por onde passa a malha em Curitiba para a criação de praças e outros equipamentos municipais.

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