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Em 40 minutos, a simples entrada em uma sala de bate-papo de um dos maiores provedores do país rendeu 28 contatos. Se fossem simples conversas entre adolescentes – a sala escolhida era dirigida a jovens de 15 a 20 anos, no Paraná –, não haveria problemas. Mas em menos de sete minutos eu já estava convidada a sair para fazer um programa sexual.

Os mais afoitos eram, normalmente, os que usavam nomes sugestivos como "gatinho safado", "gostozo", "kero_te_bancar $$" e "contratogarotas". As ofertas eram variadas, desde a saída durante a tarde – porque ninguém podia desconfiar e era necessário o sigilo – quanto a ida ao motel, com direito ao acompanhamento de um amigo que poderia estar gravando o programa. Ao perguntar o que receberia em troca, as respostas eram sempre as mesmas, no primeiro momento: presentes e mais presentes para que houvesse o ato sexual.

Dois deles disseram ter 28 e 26 anos respectivamente. Quando os pressionei um pouco mais, um deles chegou a oferecer R$ 200 por um programa.

O outro perguntou se eu queria ser stripper ou garota de programa, mesmo após eu ter dito que era menor de idade. "Não tem problema. É só transar", respondeu. O resumo da experiência é o assédio descarado, o linguajar chulo e a total falta de proteção para quem acessa uma página buscando amigos.

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