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Cemitério Água Verde: no Brasil, culto aos mortos tem tom solene. | Felipe Rosa / Agência de Notícia Gazeta do Povo
Cemitério Água Verde: no Brasil, culto aos mortos tem tom solene.| Foto: Felipe Rosa / Agência de Notícia Gazeta do Povo

A chegada do mês de novembro marca a realização de Finados ou Dia dos Mortos. Foi o Abade Odilon, do mosteiro de Cluny, na França, quem instituiu por volta do ano de 1030 o dia 2 de novembro como a Festa dos Mortos, um dia para celebrar a memória dos falecidos. A data, que leva milhares de cristãos aos cemitérios com o intuito de rememorar e homenagear seus mortos, inicialmente tinha como objetivo garantir que as almas não sofressem pela ausência de sufrágios e orações, o que garantiria a salvação eterna de quem se foi.

Quatro séculos depois, agregado ao calendário católico, o Dia de Finados passou a ser celebrado de diversas formas ao redor do mundo. No Brasil, o tom de homenagem é mais solene. Os cemitérios recebem um grande fluxo de visitantes, que além de levar flores aos túmulos de seus entes queridos, também prestam homenagens aos santos e milagreiros sepultados em cemitérios.

Essa proximidade de datas entre o Dia de Todos os Santos e Finados não é ao acaso. Foi durante a Idade Média que o chamado enterro ad sanctos (junto aos santos) se popularizou como um tipo de ferramenta de auxílio na salvação das almas. Acreditava-se que a proximidade física dos corpos dos mártires, assim como o usufruto das orações a eles dirigidas, fossem maneiras de se ter uma proteção ao corpo físico e espiritual.

O culto aos mortos remonta às mais antigas civilizações. No calendário romano existiam duas festas dedicadas aos mortos: as parentalia, realizadas entre 13 e 21 de fevereiro, cujo objetivo era apaziguar os mortos com a oferenda de refeições, e as lemuria, em 9, 11 e 13 de maio, quando as almas eram exortadas a deixarem os vivos em paz e partirem para seu repouso.

Entre diferentes concepções religiosas os vivos sempre buscaram apaziguar seus mortos, seja com a oferenda de comidas e bebidas, comuns aos povos pagãos e paulatinamente abandonadas com o advento do catolicismo, às orações instituídas pelo cristianismo.

Um exemplo do sincretismo entre práticas consideradas pagãs e as práticas católicas é a comemoração do Dia dos Mortos no México. Contrário ao tom solene dedicado à data no Brasil, os mexicanos veem o Dia dos Mortos como uma data a ser comemorada. Isso porque acreditam que, no período entre os dias 1.º e 2 de novembro, os espíritos dos falecidos visitam seus parentes. Para isso, preparam verdadeiros banquetes em altares dedicados aos entes queridos. Comida, bebida, doces e o pan de muerto são cuidadosamente arranjados nas casas para recepcionar as almas.

Há certa hierarquia na comemoração de cada dia, sendo o primeiro dedicado às almas das crianças e o segundo, às dos adultos. Os mortos devem servir-se primeiro das refeições, por isso seus lugares são guardados à mesa. Há também o culto nos cemitérios, ricamente adornados, onde os vivos partilham alimentos entre as lápides ao som de música e iluminados por muitas velas.

A personagem criada pelo desenhista José Guadalupe Posada, originalmente chamada La Calavera Garbancera, era uma caveira usando sombreiro. A intenção do autor era pontuar que mesmo com a origem indígena o povo mexicano buscava referenciais no estilo europeu. Mais tarde, já no século XX, Diego Rivera rebatizou a personagem como La Catrina, uma dama de porte e elegância, mas ainda assim, uma caveira, representando a morte. La Catrina mesclou-se às caveiras e a toda iconografia do Dia dos Mortos, tornando-se um grande referencial à cultura mexicana e um grande atrativo turístico.

Lista de falecimentos - 01/11/2015

Adolfo Herman Parnes, 79 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Moizes Parnes e Branca Parnes. Sepultamento ontem.

Antônio Wilson Padilha, 55 anos. Profissão: vigilante. Filiação: Valdemar de Deus Padilha e Doracy de Freitas Padilha. Sepultamento ontem.

Aoselma Borth Comin, 71 anos. Filiação: Júlio Borth e Arminda Pedroni. Sepultamento ontem.

Bruno Filippin, 84 anos. Filiação: Virginio Filippin e Ângela Titotto. Sepultamento ontem.

Celso Tadeu Barbosa, 62 anos. Filiação: Nair Barbosa. Sepultamento ontem.

Daniel Storrer, 61 anos. Profissão: funcionário público federal. Filiação: Emílio Storrer e Teresa Storrer. Sepultamento ontem.

Eduardo Fonseca de Assunção, 19 anos. Profissão: motorista. Filiação: Elias Franco de Assunção e Elizete Fonseca de Assunção. Sepultamento ontem.

Elisabete Bueno, 75 anos. Profissão: do lar. Filiação: Valeriano Bueno e Maria Rosa Cardoso Bueno. Sepultamento ontem.

Elzio de Paula Zanetti, 77 anos. Profissão: contador. Filiação: Eldevim Zanetti e Zeny de Paula Zanetti. Sepultamento ontem.

Erasto Villa Branco, 85 anos. Profissão: bancário. Filiação: Oswaldo Rodrigues Branco e Luíza Villa Branco. Sepultamento ontem.

Florise Segadilha Cardozo, 71 anos. Profissão: funcionário público federal. Filiação: Armando Sevalho Segadilha e Maria de Nazaré B Segadilha. Sepultamento ontem.

Heron Ricardo Gomes de Almeida, 19 anos. Profissão: motoboy. Filiação: José Ismail de Almeida e Magali Correa Gomes. Sepultamento ontem.

Jeferson de Oliveira, 41 anos. Profissão: auxiliar produção. Filiação: Valdomiro de Oliveira e Jardilina Mattos de Oliveira. Sepultamento ontem.

José Garcia de Souza, 75 anos. Profissão: porteiro. Filiação: Rita Maria de Jesus. Sepultamento ontem.

José Morilhas Filho, 43 anos. Filiação: José Morilhas e Maria de Lourdes Gonçalves. Sepultamento ontem.

Júlio Forvill, 86 anos. Profissão: encanador. Filiação: Luiz Forvill e Maria Forvill. Sepultamento ontem.

Leoni Didimo Mello, 80 anos. Profissão: do lar. Filiação: Júlio Didimo e Palmira Didimo. Sepultamento ontem.

Lúcia Helena Coutinho dos Santos, 52 anos. Profissão: medidora. Filiação: Renato Coutinho dos Santos e Maria Lazara Bernardi dos Santos. Sepultamento ontem.

Luiz José Fernandes, 80 anos. Profissão: motorista. Filiação: José João Fernandes e Joanna Maria Fernandes. Sepultamento ontem.

Luiz Vaz do Amaral, 73 anos. Profissão: diretor comercial. Filiação: José Vaz de Oliveira e Lazara Vaz de Oliveira. Sepultamento ontem.

Maria Olímpia Gonçalves de Oliveira, 79 anos. Filiação: Hercilio Vicente Gonçalves e Olímpia Gonçalves. Sepultamento hoje, no Cemitério Pedro Fuss, em São José dos Pinhais.

Pablo Alessandro dos Santos, 38 anos. Filiação: Jair dos Santos e Marleide Cotrim dos Santos. Sepultamento ontem.

Vanderlei dos Santos, 48 anos. Filiação: Manoel Augusto dos Santos e Maria Conceição dos Santos. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal da cidade de origem.

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