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Genebra - Governos, principalmente no Hemisfério Sul, devem abandonar estratégias para tentar conter o vírus H1N1 e passar a adotar estratégias de redução do impacto da gripe suína para comunidades. A recomendação é do vice-diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Keiji Fukuda. À reportagem, Fukuda deixou claro que nem fechar fronteiras nem recomendar que pessoas evitem países com altos números de casos da doença resolverão o problema.

Evitando citar o nome do Brasil, Fukuda deixou claro que a agência de Saúde da ONU não apoiará qualquer medida contra viagens a Argentina e Chile. "A OMS não endossa nem recomendações para não viajar nem o fechamento de fronteiras. Desde o início da pandemia deixamos isso claro e essa posição continua valendo", disse.

"A disseminação do vírus está ocorrendo por pessoas que viajam, mas também internamente em muitos países. Hoje, conter o vírus H1N1 é muito difícil. É verdade que países estão em estágios diferentes da expansão da gripe. Mas, de uma forma geral, conter não é a estratégia mais adequada", disse Fukuda. Ele lembra que mais de 70 mil casos já foram registrados em todo o mundo, em quase dois terços dos países.

Segundo ele, governos precisam agora focar seus esforços em reduzir o impacto sobre a população, que inevitavelmente poderá ser contaminada pelo vírus. Na maioria dos casos, o vírus gera uma reação apenas moderada. "Mitigar o impacto e reduzir os problemas para as famílias e pessoas deve ser o foco do trabalho agora", salientou.

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