ONG analisa segurança virtual

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O coordenador da Child Protec­tion Partnership (CPP) no Brasil, Luiz Rossi, diz que a metodologia usada para identificar a segurança virtual da criança e do adolescente consiste em dividir o projeto em quatro partes: mapeamento, engajamento, planejamento e criação de projetos. "As ações serão criadas respeitando a territorialidade com o objetivo de prevenir os riscos existentes dentro de cada realidade", afirma. São 80 crianças pesquisadas, na faixa etária de 11 a 14 anos, de classe média e bai­xa, e moradores de periferia.

O trabalho com os grupos focais faz parte do estudo Adolescentes Brasileiras e sua Realidade no Mundo Virtual, que incluirá o resultado dos questionários on-line. Todos os dados mapeados deverão integrar um relatório mundial a ser lançado no segundo semestre pela campanha Because I AM a Girl, iniciativa da ONG internacional Plan.

Professor há 10 anos da Fun­­dação Getulio Vargas, na área do Terceiro Setor, Rossi percebe o trabalho como algo gratificante. "O pouco que é feito traz a mudança para populações que não têm tido a atenção necessária e correm riscos quando não sabem usar a tecnologia da informação", diz. Ele lembra que, atualmente, não se fala só em internet, mas a telefonia celular também tem suas implicações. É através dos aparelhos que são produzidas fotos e vídeos, usados, muitas vezes, de forma inadequada.

A CPP atua no Brasil desde 2008, e o primeiro país a incorporar o projeto foi a Tailândia. Atualmente, os grupos focais atuam, junto com outros parceiros, em cinco municípios do interior do Maranhão e na capital, São Luís; em Santo André, no ABC paulista; e, a partir de abril, em São Caetano (também no ABC) e em São Paulo. A CPP é liderada no Brasil pelas entidades não governamentais Plan, SaferNet, Childhood e Neca, e o projeto é coordenado pelo International Institute for Child Rights and Development (IICRD), situado na Universidade de Vitória, no Canadá.