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Uma instituição sem fins lucrativos do Paraná será encarregada pela formação humanista de 3.800 policiais federais, civis, militares, bombeiros e guardas municipais de 16 estados brasileiros. O Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (Iddeha), com sede em Curitiba, venceu licitação internacional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e colocará em prática o projeto Jornada Formativa de Direitos Humanos. A primeira das 48 jornadas tem início em dezembro, em Porto Velho (RO). A proposta é levar os agentes de segurança a fazerem um diagnóstico mais humanizado das ocorrências que atendem.

Equipe multidisciplinar de educadores, sociólogos, psicólogos, jornalistas, pedagogos e professores de educação física abordará de uma forma sistêmica a desumanização nas relações sociais e os mecanismos da produção da violência. Este é um problema complexo demais para ser interpretado de maneira reducionista, avalia o presidente do Iddeha, o jornalista Paulo Pedron.

Conceitos

Nas 16 horas de cada jornada, a equipe trabalhará conceitos de ética, valores humanos, respeito, mediação de conflito e memória histórica da segurança pública no Brasil, que, segundo Pedron, "se preocupou mais com a tecnologia e pouco com as pessoas que estão detrás das armas".

O que se espera são agentes de segurança motivados a garantir os direitos humanos e multiplicar a cultura da paz. Por isso, o programa privilegiará a interação dos policiais ao conteúdo do curso, com abordagem mais próxima da realidade das ruas. Eles receberão material didático, participarão de reflexões e debates e passarão a fazer a construção coletiva e participativa dos conhecimentos sobre direitos humanos e segurança pública a partir de situações concretas apresentadas por eles próprios, estabelecendo conexões entre teoria e prática.

As jornadas, cada uma com até 80 participantes, serão realizadas nas capitais dos estados do Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e Amapá. Os participantes serão selecionados pelas prefeituras e secretarias estaduais de segurança pública, com aval da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

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