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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (31) a Operação Harém para combater o tráfico internacional de seres humanos. Ao menos 12 envolvidos, sendo três americanos, foram detidos. Em Curitiba uma agenciadora foi presa. A polícia estima que o esquema tenha aliciado pelo menos 200 mulheres em um ano.

Foram presos seis em São Paulo, dois no Rio de Janeiro, um em Angra dos Reis, um na capital paranaense e dois nos Estados Unidos. Em entrevista coletiva, o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Leandro Daiello Coimbra, disse que ainda não há a confirmação das prisões de dois suspeitos na República Dominicana e de um na França.

A Operação Harém foi deflagrada pela superintendência da PF do Espírito Santo há seis meses. As mulheres eram aliciadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, segundo o superintendente. Os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão em Las Vegas, Paris e Santo Domingo/Punta Cana. Além das prisões, foram apreendidas mídias, como discos de DVD, e bloqueadas 10 contas bancárias movimentadas pela quadrilha no Brasil.

De acordo com o superintendente, as mulheres eram aliciadas com promessas de bons ganhos financeiros. Não havia um perfil definido e muitas já eram garotas de programa no Brasil. Em alguns casos, de acordo com Coimbra, os ganhos mensais chegavam a até US$ 40 mil. A PF identificou vítimas da exploração e irá ouvi-las durante o inquérito.

Na capital do Paraná, uma mulher foi presa pela manhã. Segundo a assessoria da PF, ela é acusada de ser uma agenciadora de mulheres e responsável por intermediar o contato dos clientes com as prostitutas. Os presos responderão pelos crimes de favorecimento à prostituição, rufianismo, tráfico internacional de pessoas para fins de prostituição, além do delito de quadrilha ou bando.

De acordo com a polícia, as investigações começaram quando foi descoberto um esquema de envio de brasileiras ao exterior para o mercado de prostituição de alto luxo. Muitas saiam do Brasil para trabalhar em grandes cassinos de Las Vegas após serem agenciadas por pessoas no Brasil, e trabalhavam em cassinos de grande porte.

A Polícia Federal contou com a colaboração da Agência de Imigração Americana (ICE), da Defense Security Service e da Interpol. Policiais da República Dominicana e dos Estados Unidos participaram das investigações.

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