Rio de Janeiro - A Polícia Civil do Rio de Janeiro estima que o tráfico de drogas na favela da Rocinha, na zona sul da cidade, fatura até R$ 8 milhões por mês em alta temporada com as vendas de drogas. Ontem, uma operação policial deixou três mortos, prendeu quatro suspeitos, feriu duas pessoas, apreendeu uma tonelada de maconha e desmantelou dois laboratórios de refinaria de cocaína na favela.
"Eles (traficantes) gastam R$ 1,4 milhão por semana na compra de 120 kg de pasta de cocaína. Depois, transformam a droga em pó com algumas misturas e vendem cerca de 200 kg, o que rende um faturamento de R$ 2,4 milhões e gera um lucro de R$ 1 milhão por semana. Isso sem contar com o consumo interno (outras drogas como maconha, haxixe, ecstasy) que pode chegar até R$ 8 milhões por mês", afirmou o especialista e inspetor da Delegacia de Combate às Drogas, Maurício Bastos.
Bastos ainda disse que a Rocinha possui cerca de 30 pontos de venda de drogas e é considerada a favela com o maior lucro no ramo. Segundo ele, as principais três "bocas de fumo" funcionam 24 horas. "Essas três bocas de fumo atendem mais os consumidores externos, as outras atendem na maioria das vezes o público interno. A Rocinha é considerada a número 1 de vendas de drogas na cidade do Rio. Perde até para a favela da Fallet e a Fogueteiro em Santa Teresa", disse o inspetor. Segundo ele, a comunidade possui uma localização estratégica para a venda de drogas, na zona sul.
A operação na Rocinha foi uma resposta à tentativa de invasão da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, por bandidos da favela de São Conrado e reuniu cerca de 300 policiais civis. Eles, no entanto, não conseguiram prender o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem. Ele é acusado pela polícia de ter fornecido armas e bandidos para a invasão em Copacabana.
Apesar de a Polícia Civil ter deixado a Rocinha, o policiamento na Ladeira dos Tabajaras palco de confronto entre duas facções criminosas será mantido por tempo indeterminado.
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