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Antonio Márquez é considerado o melhor bailarino de flamenco da atualidade | Divulgação/Verinha Walflor
Antonio Márquez é considerado o melhor bailarino de flamenco da atualidade| Foto: Divulgação/Verinha Walflor

Mobilização ganha mais adesões

Uma assembléia na manhã de hoje, em Curitiba, deve traçar o futuro do movimento dos servidores do poder Judiciário. Nos últimos dias, em algumas repartições o trabalho é parado por uma hora. A manifestação começou em Foz do Iguaçu e ganhou a adesão dos funcionários de outras nove cidades, inclusive do Fórum Cível de Curitiba.

"Na assembléia vamos avaliar a movimentação e aguardar uma resposta da presidência do Tribunal de Justiça (TJ)", diz o coordenador-geral do sindicato da categoria no Paraná, José Roberto Pereira. Ele conta que, dependendo do retorno, a mobilização pode se estender a outras 166 comarcas até 1.º de junho (data-base para o reajuste salarial). "Pode evoluir para uma paralisação maior ou greve", diz. Entre as reivindicações da categoria estão a oferta de melhor estrutura, contratação dos cerca de 900 aprovados nos últimos concursos do TJ, implantação imediata do plano de carreira e reajuste salarial de 68%. De acordo com a assessoria de imprensa, a presidência do TJ aguarda a assembléia para se manifestar sobre o assunto.

Cerca de 9,5 mil alunos da rede pública municipal de ensino de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba (RMC), podem ficar sem aula a partir da próxima semana. Os mil professores e servidores das 21 escolas municipais e cinco creches ameaçam iniciar uma paralisação na quinta-feira. "Já aderimos ao estado de greve. Caso não sejamos atendidos, teremos uma nova assembléia no dia 24 e podemos determinar a greve", afirma a vice-presidente da Associação dos Servidores de Educação (Assmef), Ivani de Oliveira Ferreira.

Ontem, os estudantes tiveram de voltar para casa mais cedo. As aulas foram interrompidas no meio da manhã, às 10 horas, e durante a tarde, às 15 horas, para que os professores fizessem uma passeata na cidade. Cerca de 300 servidores do ensino concentraram-se em frente à prefeitura e caminharam até a Câmara dos Vereadores. Na próxima semana, a operação- tartaruga deve se repetir na terça, quarta e quinta-feira, nos mesmos horários.

Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste salarial mínimo de 18%, a criação de um plano de carreira e a adoção de projeto de formação contínua. Eles ainda reclamam da necessidade de reajuste no vale-transporte, da criação do adicional de grandes deslocamentos e de problemas em perícias médicas. "A gratificação de difícil acesso foi aprovada, mas até hoje nenhum servidor está recebendo", diz o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná, José Sátiro.

Ivani conta que o salário recebido por professores municipais de Fazenda Rio Grande é um dos mais baixos da RMC – muitos recebem R$ 465 –, o que provoca uma alta rotatividade. "É revoltante. Não somos valorizados e cobram muito da gente", afirma a professora Eloísa Viana Santos. "A nossa situação é crítica. Não nos apóiam em nada", reforça a professora Ângela Cristina Henrique.

A gerente municipal de educação, Lúcia Maria Leal Pelanda, informa que professores com ensino superior têm plano de carreira e um salário maior. "A reivindicação pela educação é sempre justa. Só que precisamos ver a atual situação do município", afirma. Ela diz que a arrecadação de Fazenda Rio Grande não permite que haja melhores salários. Lúcia garante que a gratificação de difícil acesso será paga neste mês e conta que desde quarta-feira os professores não precisam mais passar por perícia médica para até dois atestados de dois dias apresentados por mês. "A gente espera que os professores revejam, analisem e reflitam sobre os pedidos que já foram feitos na pauta do ano passado e que foram atendidos. Se existir greve, todos estão cientes que vai ter de haver um calendário de reposição das aulas", lembra.

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