Governo quer criar 5 comissões para barrar investigação da corrupção
Os deputados governistas têm guardadas cinco propostas de criação Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), já com o número mínimo de 18 assinaturas coletadas, prontas para serem apresentadas. A medida seria tomada caso a ameaça da oposição de protocolar a proposta de CPI da Corrupção se torne concreta. Pelo regimento interno da Assembléia Legislativa, só podem estar em funcionamento cinco CPIs simultaneamente.
Os quatro partidos de oposição ao governo Requião, cujas lideranças se reuniram segunda-feira para unificar o discurso e as ações, teriam juntos força suficiente para abrir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria denúncias de corrupção no governo estadual. O PSDB, PDT, DEM e PPS somam 19 deputados na Assembléia Legislativa um a mais do que o número mínimo necessário para pedir abertura de uma CPI. Mas, até agora, o líder da oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), diz ter apenas dez assinaturas para requerer a abertura da comissão.
O PSDB tem sete deputados. O PPS, três. O PDT, quatro. Já o DEM tem quatro parlamentares que poderiam assinar a CPI o quinto deputado democrata, Nelson Justus, é presidente da Assembléia e, por tradição, ocupantes desse cargo não costumam assinar CPIs, embora sejam responsáveis por instalá-las. Além dos parlamentares desses quatro partidos, a oposição poderia contar, em tese, com o PP, que no ano passado apoiou o presidente estadual do PDT deputado Osmar Dias (PDT) para o governo do estado. O PP elegeu os deputados Antônio Belinatti, Cida Borghetti, Duílio Genari e Ney Leprevost. A oposição ainda poderia tentar o apoio de outros seis deputados que se declaram independentes.
Parece ser uma situação confortável para a oposição. Mas na prática Rossoni está tendo dificuldade para coletar as 18 assinaturas. A proposta de criação de uma CPI para investigar denúncias contra o governo foi apresentada há duas semanas pelo deputado Rossoni, apoiado por Douglas Fabrício (PPS). Rossoni não quis declarar ontem o nome dos deputados que já assinaram a CPI. Disse apenas que membros de diversos partidos estariam reunidos entre ontem e hoje para definir uma posição sobre o assunto.
A reunião dos partidos para formar uma "frente da oposição", porém, não deve influenciar a decisão dos deputados em assinar o pedido. "Uma coisa não tem nada a haver com a outra", disse Rossoni. Ele explicou que a CPI foi uma proposta feita antes da realização da reunião de ontem e que os partidos, reunidos por bancadas, é que decidirão se apóiam ou não a abertura da investigação.
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