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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Governo quer criar 5 comissões para barrar investigação da corrupção

Os deputados governistas têm guardadas cinco propostas de criação Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), já com o número mínimo de 18 assinaturas coletadas, prontas para serem apresentadas. A medida seria tomada caso a ameaça da oposição de protocolar a proposta de CPI da Corrupção se torne concreta. Pelo regimento interno da Assembléia Legislativa, só podem estar em funcionamento cinco CPIs simultaneamente.

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Os quatro partidos de oposição ao governo Requião, cujas lideranças se reuniram segunda-feira para unificar o discurso e as ações, teriam juntos força suficiente para abrir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria denúncias de corrupção no governo estadual. O PSDB, PDT, DEM e PPS somam 19 deputados na Assembléia Legislativa – um a mais do que o número mínimo necessário para pedir abertura de uma CPI. Mas, até agora, o líder da oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), diz ter apenas dez assinaturas para requerer a abertura da comissão.

O PSDB tem sete deputados. O PPS, três. O PDT, quatro. Já o DEM tem quatro parlamentares que poderiam assinar a CPI – o quinto deputado democrata, Nelson Justus, é presidente da Assembléia e, por tradição, ocupantes desse cargo não costumam assinar CPIs, embora sejam responsáveis por instalá-las. Além dos parlamentares desses quatro partidos, a oposição poderia contar, em tese, com o PP, que no ano passado apoiou o presidente estadual do PDT deputado Osmar Dias (PDT) para o governo do estado. O PP elegeu os deputados Antônio Belinatti, Cida Borghetti, Duílio Genari e Ney Leprevost. A oposição ainda poderia tentar o apoio de outros seis deputados que se declaram independentes.

Parece ser uma situação confortável para a oposição. Mas na prática Rossoni está tendo dificuldade para coletar as 18 assinaturas. A proposta de criação de uma CPI para investigar denúncias contra o governo foi apresentada há duas semanas pelo deputado Rossoni, apoiado por Douglas Fabrício (PPS). Rossoni não quis declarar ontem o nome dos deputados que já assinaram a CPI. Disse apenas que membros de diversos partidos estariam reunidos entre ontem e hoje para definir uma posição sobre o assunto.

A reunião dos partidos para formar uma "frente da oposição", porém, não deve influenciar a decisão dos deputados em assinar o pedido. "Uma coisa não tem nada a haver com a outra", disse Rossoni. Ele explicou que a CPI foi uma proposta feita antes da realização da reunião de ontem e que os partidos, reunidos por bancadas, é que decidirão se apóiam ou não a abertura da investigação.

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