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Indícios de um suposto desvio de dinheiro da diocese de Guarapuava, na região Centro-Sul, estão sendo apurados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público. Um padre está preso no quartel do Corpo de Bombeiros de Guarapuava e três pessoas estão com prisões temporárias decretadas pela Justiça, no entanto, o Gaeco não confirmou se elas estão presas.

A operação, denominada Sacrilégio, em referência ao pecado cometido contra coisas sagradas, foi iniciada na tarde de quarta-feira (19). A Justiça também expediu sete mandados de busca e apreensão. Eles foram cumpridos em residências, no setor de documentação da Mitra e numa empresa que estaria envolvida com o grupo.

Segundo informações do Gaeco, o grupo utilizava notas frias e superfaturadas para desviar dinheiro arrecadado pela Igreja e que seria empregado em obras nas paróquias. O coordenador do Gaeco no Paraná, Leoni Batisti, disse que há uma estimativa de que o grupo teria desviado cerca de R$ 400 mil da diocese.

Em nota no site oficial, a Mitra da diocese de Guarapuava informa que está colaborando com as investigações e que espera que a denúncia seja caluniosa. "Em nota a Mitra informa que em relação a esta operação, está colaborando com as investigações, esperando que os fatos sejam totalmente elucidados, em havendo provas, que sejam responsabilizados os envolvidos, embora acredite e espere que tais fatos não passem de denúncias caluniosas".

Em Cascavel, no Oeste, houve situação semelhante. Um padre e três ex-secretárias da Igreja estão sendo investigados por um eventual desvio de recursos. O rombo pode chegar a R$ 850 mil. A denúncia foi formalizada no MP em outubro pelo próprio arcebispo dom Mauro Aparecido dos Santos. A promotoria de Cascavel informou que encaminhou o caso para a Polícia Civil, que abriu inquérito policial. Após a conclusão do inquérito, a investigação retornará ao MP, que analisará a possibilidade de oferecer denúncia contra os envolvidos.

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