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 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

O pai de um jovem de 20 anos, ex-aluno de uma das mais prestigiadas universidades americanas, causou revolta nos Estados Unidos ao afirmar, em uma carta ao juiz que determinaria a sentença de Brock Allen Turner, que o filho não merecia ir para a prisão por um “ato de 20 minutos”. Em janeiro do ano passado, o jovem, então calouro de Stanford, foi flagrado, com outro estudante, estuprando uma mulher seminua e inconsciente atrás de uma lixeira.

Em março deste ano, um júri na Califórnia considerou o americano culpado das acusações. Responsável por determinar a sentença, o juiz Aaron Perksy poderia dar até 14 anos de prisão ao estuprador, mas condenou o j ovem a seis meses após levar em conta a carta do pai e boas referências de caráter do estuprador, além do “papel do álcool no crime” .

A carta do pai, agora tornada pública, diz que “seu filho nunca mais será feliz do mesmo jeito, com sua personalidade agradável e um belo sorriso”, e que a prisão “é um preço alto a pagar por 20 minutos de ação numa vida de 20 anos”. A fala contrasta com a carta da vítima, também lida no tribunal. Nela, a jovem de 23 anos, que não foi identificada, relatou como o ataque a feriu emocionalmente: “Minha independência, alegria natural, gentileza e estilo de vida se tornaram distorcidos além do que posso reconhecer. Me fechou, me tornei uma pessoa com raiva, autodepreciativa, cansada, irritável, vazia”.

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