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Os advogados da família de Eloá Cristina Pimentel e de Lindemberg Alves criticaram nesta segunda-feira (27), por meio de notas à imprensa, a suspeita de ligação criminosa entre Alves e o pai da jovem, Everaldo Pereira dos Santos, que está foragido. Por mais de 100 horas, entre os dias 13 e 17 deste mês, Alves manteve a adolescente de 15 anos, sua ex-namorada, refém, em Santo André, no ABC. Ele está preso. Em entrevista ao Fantástico neste domingo (26) Marcilio Barenco, diretor-geral da polícia de Alagoas, disse que Santos e Alves fariam parte de um grupo criminoso em São Paulo. "Há suspeitas concretas de que o Lindemberg e ele faziam parte de um grupo criminoso em Santo André. Então, Lindemberg não era só namorado da filha", declarou Barenco.

Em nota, o advogado Ademar Gomes, que defende Santos, considerou as palavras do delegado "levianas e inconseqüentes" e acusou a polícia alagoana de tentar caracterizar o cliente dele como "um criminoso de alta periculosidade". Ele argumentou que a polícia de Santo André não tem as possíveis provas dessa ligação.

Por telefone, Luiz Carlos dos Santos, delegado seccional de Santo André, confirmou nesta segunda que "não há nada de concreto" que comprove o elo criminoso entre o ex-namorado e o pai de Eloá. "Não tenho nada a esse respeito", disse.

Everaldo dos Santos é apontado pela polícia de Alagoas como um dos principais autores de assassinatos no estado na década de 1990. Ex-cabo da PM, ele é acusado de participar de um grupo de extermínio. Depois de fugir para São Paulo, foi descoberto quando sua filha ficou refém de Alves no apartamento da família, na periferia de Santo André.

Os advogados Ana Lúcia Assad e Edson Pereira Belo da Silva, que defendem Lindemberg Alves, assinam a nota em que dizem repudiar "veementemente" as declarações de Barenco. Eles argumentam ser "leviano" incriminar o seqüestrador já que até 12 de outubro de 2008 "nada constava da sua ficha criminal".

Ana Lúcia e Silva informaram ainda que Alves era um "jovem de bem", tanto que a família de Eloá aprovou o namoro dos dois. Antes de seqüestrar Eloá por discordar do fim do relacionamento de quase três anos, Alves trabalhava como ajudante-geral e entregador de pizza.

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