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Passageira na rodoviária paulistana do Tietê: São Paulo e Rio Grande do Sul foram os únicos estados a registrar mortes | Sergio Neves/AE
Passageira na rodoviária paulistana do Tietê: São Paulo e Rio Grande do Sul foram os únicos estados a registrar mortes| Foto: Sergio Neves/AE

OMS diz que não terá vacina para todos

O Instituto Butantã terá de doar 10% de sua produção de vacinas contra o vírus influenza A (H1N1) à Organização Mundial da Saúde (OMS). Ontem, a agência de Saúde da ONU alertou que a disseminação da gripe suína é incontrolável e que todos os países precisarão comprar a vacina para sua população. Mas alerta: não haverá vacinas para todos e 1,8 bilhão de doses já foram adquiridas de forma antecipada por países ricos.

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  • Veja o perfil das três vítimas da gripe suína no Brasil

A terceira morte por gripe suína no Brasil foi confirmada ontem no Rio Grande do Sul. Trata-se de um garoto de 9 anos, de Sapucaia do Sul, região metropolitana de Porto Alegre. O menino faleceu no dia 5 deste mês após passar três dias internado no Hospital de Clínicas, na capital gaúcha. É o segundo óbito causado pela doença no estado.

As autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul afirmaram que o garoto era portador de uma doença neurológica – que pode dificultar a recuperação – e admitem a hipótese de que tenha contraído o vírus A (H1N1) do irmão adolescente, que também contaminou os pais. O jovem começou a apresentar os sintomas da gripe suína no dia 27 de junho e seu irmão menor, dois dias depois.

Na escola em que o adolescente estuda, um surto da doença foi identificado após uma professora retornar de Córdoba, na Argentina. Tanto ela quanto um familiar também tiveram a doença confirmada por exame laboratorial.

Com um índice de letalidade de 0,45% nos países que registram os maiores números de mortes, como México e os Estados Unidos, os especialistas brasileiros esperam que mais óbitos sejam registrados aqui em decorrência da doença. A letalidade do vírus no Brasil, até o momento, é de 0,29%.

Oito novos casos da gripe A foram confirmados ontem no Paraná. Desses, cinco estão na região de Curitiba, dois na região de Cascavel e um na região de Foz do Iguaçu. O estado passa a ter 45 casos confirmados da nova gripe. Todos os pacientes se recuperam bem, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.

Em dois dos novos casos confirmados na região de Curitiba, os pacientes contraíram o vírus após terem contato com estrangeiros vindos da Argentina. As outras três pessoas contraíram o vírus no exterior. Na região de Cascavel, os pacientes são um adulto e uma criança que contraíram o vírus após terem contato com doentes.

Uma criança de dois anos é a quarta vítima da gripe suína em Foz do Iguaçu. Ela teria contraído a doença ao manter contato com estrangeiros que estavam com a gripe ainda em fase de contágio. Acompanhada por especialistas, a criança e os familiares estão em monitoramento e isolamento domiciliar. Suspeita-se que a mãe e a tia, que moram na mesma casa, também estejam com a nova gripe, já que apresentam sintomas semelhantes.

Presos

O Paraná possui 626 casos suspeitos e em monitoramento, que aguardam resultados dos exames laboratoriais. Com o aumento de casos, a Secretaria da Justiça e da Cidadania e a Secretaria da Criança e da Juventude anunciaram ontem medidas preventivas nas penitenciárias e nos Centros de Socioeducação do Paraná. Ainda não ocorreu nenhum caso suspeito nestes locais, de acordo com o governo do estado.

No caso de aparecimento de casos suspeitos, os internos serão isolados e terão de usar máscaras. Se o caso suspeito recebeu visitas dois dias antes do aparecimento dos sintomas da doença, a Secretaria Municipal de Saúde deverá estender as medidas de prevenção e controle ao domicílio dos familiares.

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