O próximo boletim paranaense com informações atualizadas sobre a situação dos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti – que será divulgado na quarta-feira (10) – indicará aumento no número de casos de zika. A informação é do secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. Em entrevista coletiva para anunciar uma nova metodologia empregada para detectar casos de dengue, chikungunya e zika no Paraná, o secretário disse que novos casos da doença foram confirmados no estado desde a última quarta-feira (3).
Neto não adiantou a quantidade de exames que deram resultado positivo para a presença do vírus, porque, segundo ele, ainda é necessário fechar outras informações a respeito dos casos, como, por exemplo, se o vírus foi contraído dentro ou fora do estado.
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Leia a matéria completaNova metodologia
Os resultados positivos mais recentes para zika vírus – e que ainda não constam no balanço oficial – fazem parte dos 380 primeiros exames realizados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) por meio de uma nova metodologia, de desenvolvimento próprio. Chamado Multiplex, o novo instrumento de testes criado pelo Lacen permite diagnóstico simultâneo de dengue, zika e chikungunya.
Há cerca de vinte dias, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também anunciou teste de diagnóstico simultâneo para os três tipos de vírus transmitidos pelo Aedes. Os kits, que serão lançados ainda neste mês, foram preparados em conjunto com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e outras quatro unidades da Fiocruz espalhadas pelo Brasil – entre elas, a unidade paranaense. Embora tenham uma finalidade em comum, que é dar mais agilidade para os diagnósticos e reduzir os custos demandados por estes exames, as metodologias do Lacen e da Fiocruz são independentes.
A rotina simultânea de testes assinada pelo Lacen começou a ser empregada na última quarta-feira, depois de mais de seis meses de pesquisas. Agora, com apenas uma amostra de soro sanguíneo de cada paciente é possível analisar os quatro sorotipos de dengue e também detectar possível presença dos vírus zika e chikungunya.
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Leia a matéria completa“O desenvolvimento foi feito basicamente pelo Centro de Controle de Doenças. O que nós fizemos foi fazer a multiplexação, ou seja, juntar na mesma reação chikungunya e zika e correr isso paralelo com dengue”, explicou Irina Riediger, farmacêutica e bioquímica do Laboratório Central e uma das integrantes da equipe que desenvolveu a metodologia no Paraná.
O teste Multiplex também promete ampliar a capacidade de análises no Lacen. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), de 60 vai saltar para 1.400 o número de exames semanais. O impacto financeiro da nova metodologia será de 2/3 do valor gasto atualmente com os testes, ou seja, de R$ 40, as despesas ficarão em torno de R$ 13.
Embora mais ágil, este também é um exame que envolve técnica molecular. Ou seja, o diagnóstico só funciona na fase aguda da doença, com pacientes que tenham começado a apresentar sintomas em, no máximo, cinco dias. No Brasil, possíveis testes sorológicos, capazes de detectar os anticorpos contra o vírus, ainda estão na fase de pesquisas.
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