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O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, se comprometeu, nesta quinta-feira (11) a manter pelo menos uma coordenadoria regional da entidade no Paraná. A cobrança foi feita em reunião com lideranças indígenas paranaenses, que estão insatisfeitas com o decreto 7.056/09, que retirou poder das unidades da Funai no estado e as deixou subordinadas a uma coordenação em Santa Catarina.

Segundo o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Proteção às Comunidades Indígenas, promotor Luiz Eduardo Canto Bueno, que também participou do encontro, duas unidades podem ser mantidas no estado, mas ainda não estão definidas em que cidades elas serão sediadas.

Uma nova reunião entre lideranças indígenas e a Funai deve acontecer no dia 22 de fevereiro. Meira se comprometeu a levar a reivindicação dos índios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que poderá assinar um novo decreto permitindo que as coordenadorias continuem no Paraná ou retificar a antiga portaria.

Antes do decreto, três escritórios de coordenação da Funai ficavam no Paraná, nas cidades de Curitiba, Londrina e Guarapuava. O estado conta com cerca de 14 mil índios aldeados, a maioria caingangues e guaranis, mas também são encontrados xetás e xoklengs.

Desde a publicação do decreto, indígenas de todo o país se manifestaram contra a decisão. No Paraná, houve uma série de protestos, ao longo dos meses de janeiro e fevereito. No último deles, em Londrina, os manifestantes tentaram invadir uma usina. No sábado (6), uma estudante foi atingida por uma pedra que teria sido atirada por um índio e permanece em estado grave.

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