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Quarentena: alunos deixam câmpus da UEL depois de anúncio de suspensão das aulas |
Quarentena: alunos deixam câmpus da UEL depois de anúncio de suspensão das aulas| Foto:

Aumento de casos leva a novas medidas

A confirmação rápida de novos casos de gripe suína no país está levando a novas medidas de contenção em vários estados. Aulas estão sendo suspensas, trabalhadores dispensados e pessoas orientadas a não fazer aglomerações. Ontem, o Ministério da Saúde confirmou 53 novos casos no país. Com isso, o Brasil passou de 399 para 452 casos confirmados.

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Tira-dúvidas

Veja algumas informações importantes sobre a pandemia:

Viagens internacionais devem ser evitadas?

O Ministério da Saúde recomenda que idosos com mais de 60 anos, crianças menores de dois anos de idade, gestantes, pessoas com imunodepressão (pacientes com câncer, em tratamento para aids ou em uso regular de corticoide), diabetes, cardiopatia, doença pulmonar ou renal crônica adiem viagens para os Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Argentina e Austrália.

Como o viajante a outros países deve se proteger?

Viajantes que irão a países afetados devem seguir as recomendações das autoridades sanitárias locais; ao tossir ou espirrar, devem cobrir o nariz e a boca com um lenço; evitar locais com aglomeração de pessoas e contato direto com infectados; não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; evitar tocar olhos, nariz ou boca; lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.

Como obter mais informações?

Pelo Disque Saúde: 0800-61-1997 ou pelo site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br) ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (www.anvisa.gov.br).

  • Precaução: desde que surgiu a suspeita de contaminação, alguns estudantes andam de máscaras pelo câmpus
  • Confira o mapa da contaminação

Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu - O temor de que o vírus da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, continue a se espalhar pelo estado levou duas instituições do Paraná a tomar medidas preventivas. Em Londrina, o reitor Wilmar Marçal suspendeu as aulas e as atividades de 14 mil alunos da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Em Foz do Iguaçu, a direção da Itaipu Binacional determinou a dispensa de 50 funcionários por dez dias. Em vários estados do país foram tomadas medidas do mesmo gênero.

Na Itaipu, desde segunda-feira, cerca de 50 trabalhadores que tiveram contato com um funcionário da hidrelétrica – o primeiro caso confirmado na fronteira – estão em monitoramento domiciliar. De acordo com a assessoria de imprensa da binacional, por enquanto será seguida apenas esta recomendação até passar o período de contágio e ninguém apresentar qualquer sintoma. O jovem de 26 anos e a namorada foram contaminados durante viagem de cinco dias a Buenos Aires, no início do mês.

Já na UEL, segundo o reitor, a medida foi tomada depois que 24 pessoas, entre professores, estudantes e servidores, tiveram contato com pessoas que apresentaram os sintomas da gripe A – pacientes suspeitos ou confirmados. As aulas serão normalizadas na próxima segunda-feira a partir das 14 horas.

"É uma forma de monitorar os casos e estudar como vamos tratar o problema, pois é uma situação nova para a universidade. A vigilância sanitária não orientou a suspensão das aulas, mas em reunião com o Conselho de Administração achamos melhor adotar essa postura. Uma vez que uma pessoa com caso confirmado com o vírus circulou em vários locais da UEL", disse.

Segundo a assessoria de imprensa da UEL, o exame de uma aluna da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que participou de um curso, realizado no dia 16 de junho, no Departamento de Anatomia da universidade, deu positivo para a doença. Ela teria almoçado no Restaurante Universitário e circulado pela Biblioteca Central do campus.

Marçal adiantou que a direção da universidade já programou a desinfecção do RU e da Biblioteca. "Também estamos orientando que os alunos que tiveram contato com essa aluna que permaneçam em casa", disse. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) transferiu seu exame, que ocorreria neste domingo na UEL, para a Unopar.

Casos

O Paraná continua com dez casos confirmados da gripe A. No entanto, embora não tenha havido mais confirmações, surgiram 32 novas suspeitas: 15 da Regional de Saúde de Curitiba, quatro de Cascavel, três de Foz do Iguaçu, três de Irati, três de Londrina, duas de Ponta Grossa e duas de Toledo. O estado registra 56 casos suspeitos, 20 em monitoramento e 98 descartados.

Curitiba

Entre as dez confirmações, seis são da região de Curitiba. O diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Moacir Gerolomo, afirma que não estão previstas suspensão de aulas e interdição de empresas na capital, como ocorreram em Londrina. O diretor explica que a paralisação das atividades só ocorre se num local há um caso suspeito e um grande número de pessoas com os sintomas da gripe A (H1N1): "Pode acontecer interdição? Pode. Quando? Não sei, pois a avaliação será feita caso a caso".

Curitiba já registra dois casos de contágio interno da doença (autóctones). Uma profissional da área de saúde, de 40 anos, que viajou a Argentina, transmitiu a doença a uma amiga e a uma colega de trabalho. Outras seis pessoas passaram a ser monitoradas na empresa.

Mesmo assim, o local não foi interditado. "Tivemos até o momento seis pessoas que tinham sintomas e que mereciam fazer coleta de material, mas isso num universo de centenas de funcionários", explica Gerolomo, que conversou por telefone com a reportagem enquanto participava de uma reunião na Secretaria Estadual de Saúde. Ele afirmou que os órgãos estavam definindo pequenos ajustes no encaminhamento dos exames laboratoriais e que a postura de enfrentamento da nova gripe não muda.

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