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O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, se comprometeu a reunir o governador Beto Richa (PSDB) e o secretariado para decidir sobre a possível retirada do projeto | Albari Rosa/Gazeta do Povo
O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, se comprometeu a reunir o governador Beto Richa (PSDB) e o secretariado para decidir sobre a possível retirada do projeto| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Após quatro horas de reunião com os servidores estaduais, o governo do Paraná mudou o tom de voz e abriu a possibilidade de retirar o projeto que suspende a data-base do funcionalismo. A retirada, porém, está condicionada ao fim da greve de algumas categorias. A decisão do governo - se mantém ou não a proposta - será anunciada ao meio-dia desta quinta-feira (20).

Até os momentos finais do encontro, o Executivo permanecia com a posição firme de manter a proposta na Assembleia Legislativa, e apenas suspender sua tramitação - o que ocorreu há uma semana. Os servidores, no entanto, afirmavam que o governo não debateu o assunto previamente antes de enviá-lo ao Legislativo e exigiam a retirada do projeto como demonstração de boa-vontade para negociação.

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Reconhecendo que talvez tenha havido atropelo no encaminhamento da mensagem, o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, se comprometeu a reunir o governador Beto Richa (PSDB) e o secretariado para decidir sobre a possível retirada do projeto, desde que professores estaduais e universitários e policiais civis voltem ao trabalho.

Se isso ocorrer, governo e servidores terão até o fim de novembro para tentar encontrar uma solução que garanta o pagamento do reajuste salarial ao funcionalismo em janeiro.

“Nesse campeonato de teimosia, não chegaríamos a lugar nenhum. Os sindicatos acreditam que nós podemos encontrar uma alternativa [para pagar a data-base], mas a Fazenda diz que não temos condições. Não acho que em 40 dias haverá uma mudança na economia, mas estamos abertos ao diálogo”, disse Rossoni. “Mas que fique claro que retiramos a proposta se eles voltarem a trabalhar.”

Segundo Rossoni, até 30 de novembro serão “esgotadas” as possibilidades de negociação. Se nada de diferente ocorrer até lá, o projeto será reenviado à Assembleia nos mesmos termos do texto atual.

Já Marlei Fernandes, coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, informou que, caso o governo concorde em retirar a mensagem, todas as categorias se reunirão em assembleia para decidir os próximos passos. Apesar de tratar como “muito provável” o encaminhamento pelo fim da greve das categorias paradas, ela ressaltou que essa decisão será fruto de um “debate intenso” entre os servidores. “Não é um término, mas uma suspensão da greve para o debate.”

 Volta às aulas

Se houver acordo entre governo e sindicatos, uma assembleia dos professores - maior categoria em greve - poderia ser convocada para o próximo sábado (22), a fim de respeitar os prazos legais para convocação dos docentes. Nesse caso, um eventual retorno às aulas ocorreria na segunda-feira (24).

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