• Carregando...
O mandado de prisão contra Ribeiro cita a prática de crimes como corrupção passiva, advocacia administrativa, prevaricação e tráfico de influência.
O mandado de prisão contra Ribeiro cita a prática de crimes como corrupção passiva, advocacia administrativa, prevaricação e tráfico de influência.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Polícia Federal afirmou que não havia recursos para usar na transferência do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro de São Paulo para Brasília, no dia da sua prisão, na quarta-feira (22). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com o veículo, a PF dispõe de três jatos.

>> Faça parte do canal de Vida e Cidadania no Telegram

A transferência ordenada pelo juiz Ronaldo Borelli, da 15ª Vara Federal em Brasília, não foi cumprida mesmo com somente uma das aeronaves em uso naquele dia, segundo o Estadão, a partir de levantamento de dados públicos sobre o monitoramento de voos no país. “Apenas um dos jatos da PF tem registro de voo na quarta-feira. Outras duas aeronaves da corporação não aparecem como usadas na data”.

Segundo a reportagem, mesmo avisada com duas semanas de antecedência, a PF não colocou aeronaves à disposição da operação chamada de Acesso Pago, que investiga suposta prática de corrupção e tráfico de influência durante a gestão dele na pasta. O ex-ministro foi solto, junto a outros quatro presos durante a ação, na última quinta-feira (23), por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

A solicitação de permanência do ministro em São Paulo, segundo a reportagem, partiu do diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF (Dicor), Caio Rodrigo Pellim, que justificou com um panorama de restrição orçamentária, “bem como a fim de se manter a integridade física dos presos e evitar exposição desnecessária”.

Na última sexta-feira (24), o áudio de uma conversa telefônica que supostamente teria ocorrido entre o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e a filha dele foi divulgado por veículos de imprensa e nas redes sociais. Nele, Ribeiro diz à filha que o presidente Jair Bolsonaro (PL) telefonou para ele e teria afirmado que existia a possibilidade de cumprimento de busca e apreensão na casa do ex-ministro. O motivo seria a suspeita sobre a liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC) com a intermediação de pastores.

Por este motivo, ainda na sexta-feira, o juiz Renato Borelli, responsável pelo mandado de prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, decidiu remeter os autos do processo da operação ao Supremo Tribunal Federal (STF), após pedido do Ministério Público Federal (MPF). No STF, a relatora do processo será a ministra Cármen Lúcia.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]