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A Polícia Federal cumpriu na quarta-feira (18) mandado de busca e apreensão na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no Hospital São Paulo e na Sociedade Paulista de Desenvolvimento da Medicina, organização social que administra o hospital. Três agentes coletaram documentos e computadores em ação que durou duas horas.

A operação foi apoiada em mandado judicial expedido pela 7ª Vara Federal de São Paulo a pedido da procuradora da República Adriana Scordamaglia. Ela investiga denúncias divulgadas pela Rede Globo que apontaram nomes de servidores da Unifesp, inclusive de aposentados e pessoas mortas, que aparecem indevidamente em lista do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) como funcionários remunerados também pelo Hospital São Paulo.

Com documentos e computadores em mãos, o Ministério Público Federal busca ainda esclarecer se há crime de estelionato e peculato, já que mudanças na listagem de funcionários foi realizada supostamente para gerar fraudes nos pagamentos do SUS e dos planos de saúde. O mandado pedia a colaboração da universidade para que as autoridades tivessem acesso a documentos em papel e eletrônicos da instituição. A instituição alega, porém, que os motivos da ação não foram especificados.

A PF não teria informado as razões para a busca e apreensão, portando apenas um mandado "genérico". A universidade considerou a ação "discreta", mas agora reclama acesso aos autos para "colaborar da melhor forma para esclarecimento dos fatos". Nenhum membro da Unifesp quis se pronunciar sobre a ação dos agentes, alegando falta de informações sobre o mandado. "Qualquer coisa que for falada é especulação", informou a Unifesp por meio de sua assessoria de imprensa. A instituição pretende ainda hoje pedir esclarecimentos à Justiça.

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