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Atualizado em 06/07/06 às 18h28

A Polícia Federal desarticulou nesta quinta-feira um grupo acusado de envolvimento com o tráfico internacional de entorpecentes. A "Operação Ícaro" foi realizada simultaneamente em três estados (São Paulo, Paraná e Santa Catarina). O patrimônio da quadrilha estaria avaliada em R$ 200 milhões.

Até o final desta tarde, pelo menos dez pessoas tinham sido presas em cinco cidades que serviam de base para a quadrilha. Já o total de cocaína apreendida chegava a 175 quilos. Um balanço oficial da operação deve ser divulgado nesta sexta-feira.

De acordo com a PF, esta seria a maior quadrilha de tráfico internacional de drogas desbaratada no Brasil desde a prisão do traficante Fernandinho Beira-Mar, em 2001. O grupo transportava cocaína do Mato Grosso até São Paulo com a ajuda de helicópteros. Por esse motivo, a ação da PF foi batizada como Ícaro, nome do personagem da mitologia grega que tinha o sonho de voar e ao conseguir acabou se descuidando e morreu no mar.

Paraná

No Paraná, o dono de um posto de Pato Branco, no Sudoeste do estado, foi preso acusado de fornecer combustível para um helicóptero usado para o tráfico.

A aeronave foi localizada em Camboriú, em Santa Catarina. O helicóptero foi apreendido e o piloto preso. No mesmo estado, em Palmasola, o proprietário de uma fazenda foi detido acusado ser responsável pelo reabastecimento do veículo.

São Paulo

Após vários anos de investigação, a polícia identificou duas fazendas nos municípios de Pardinho e Gália, em São Paulo, que funcionavam como laboratórios de refino, contendo, aproximadamente, 200 quilos de pasta base de cocaína que estavam sendo processadas com grande quantidade de produtos químicos de uso controlado. Além da droga, várias pessoas foram detidas. A PF apreendeu ainda um helicóptero, dois aviões e armamento pesado - seis espingardas, três fuzis, 14 pistolas, um revólver e uma granada.

Traficante é preso

Entre os detidos está o traficante conhecido como Luciano Daniel, considerado pela polícia como um dos maiores do país.

Luciano já estava com prisão preventiva decretada em razão da apreensão de 800 quilos de cocaína em outro laboratório na área rural de Rio Claro (SP). O traficante era o responsável pelo recebimento da pasta base de cocaína dos cartéis bolivianos, via Paraguai, além de ser proprietário de seis fazendas com aproximadamente duas mil cabeças de gado e diversas residências em condomínios de luxo, todas em São Paulo.

Investigação

O esquema já era investigado há dois anos pela Coordenadoria de Operações Especiais de Fronteira na Região Sul (Coesf), sob responsabilidade do delegado Fernando Francischini, em Curitiba.

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