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Animal, chamado de Quasímodo, tem problema na coluna | Walter Alves/Gazeta do Povo
Animal, chamado de Quasímodo, tem problema na coluna| Foto: Walter Alves/Gazeta do Povo

Há dois meses, 1 pinguim de menos de um ano de idade se tornou hóspede do Centro de Estudos do Mar (CEM), em Pontal do Paraná. Com uma má formação na coluna, ele foi encontrado em uma praia da região e encaminhado ao local para que fosse cuidado. Por conta do problema de saúde, o pinguim é chamado carinhosamente de Quasimodo – referência ao nome do personagem do Corcunda de Notre-Dame – pelos profissionais e alunos que cuidam dele.

O animal já foi solto na natureza algumas vezes, mas sempre acaba voltando para a praia. "O que a gente poderia fazer já foi feito. Ele se recuperou, ganhou peso, já fica em pé e nada, mas ele volta para a praia porque por algum motivo não está se sentindo à vontade para tomar a direção sul", disse o biólogo Ricardo Krul, responsável pelo Projeto de Reabilitação e Estudos de Aves, Mamíferos e Répteis (Proamar).

Durante o inverno, os pinguins se deslocam das ilhas próximas à Argentina para lugares não tão rigorosos, por isso chegam à costa brasileira. Krul faz questão de desmentir que Quasímodo e outros pinguins que aparecem nas praias daqui estejam "perdidos", como diz o senso comum. O biólogo explica que quando esse animais aparecem na praia significa que eles estão precisando de ajuda.

E se você por acaso topar com um pinguim na praia, tome cuidado. O animal deve estar debilitado, portanto a recomendação é não tocar no bicho, não oferecer comida e ligar para um órgão especializado para que seja feito o transporte até um centro de reabilitação.

Uma nova tentativa de soltar o pinguim deve ser feita na semana que vem. O Proamar é um projeto voluntário que utiliza a infraestrutura do Centro de Estudos do Mar. Só o Quasímodo se alimenta com 600 g de peixe por dia, que é pago do bolso dos funcionários e estudantes que frequentam o CEM.

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