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A assessoria de imprensa da Polícia Militar confirmou, na manhã deste sábado (28), que um dos oficiais da PM presos durante a madrugada de sexta-feira (27), suspeitos de participação em uma quadrilha que furtava cabos de fibra ótica na Zona Sul do Rio, é um capitão que julgava os PMs acusados de receber propina do caso Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, que morreu atropelado no dia 20 de julho.

A informação foi publicada no jornal "O Globo" deste sábado. Segundo a PM, o capitão foi afastado e está preso na Unidade Prisional da PM, em Benfica, no subúrbio do Rio.

Na quinta-feira (26), ele participou da audiência na Auditoria Militar, quando os PMs Marcelo José Leal Martins e Marcelo Bigon foram ouvidos no processo onde são acusados de terem aceitado propina de Rafael Bussamra, o pai do atropelado de Rafael.

O comandante da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, determinou, na manhã de sexta-feira, que se inicie imediatamente um processo disciplinar para a demissão de dois oficiais. Os capitães, um do 2º BPM (Botafogo) e outro do Batalhão de Choque (BPChoque), estavam na Praia de Botafogo acompanhados de nove prestadores de serviço de uma empresa de telefonia.

A prisão em flagrante foi realizada no começo da madrugada de sexta-feira.

Foram dois meses de investigação que mostraram que os dois oficiais davam cobertura à quadrilha. O lucro com o roubo de cabos chegava a R$ 300 mil.

O grupo estaria se preparando, segundo a polícia, para furtar cabos de fibra ótica. Para não levantar suspeitas, os técnicos usavam equipamentos e uniformes como se estivessem trabalhando. No local, quatro carros e um caminhão foram apreendidos.

De acordo com a PM, o comandante da corporação não vai esperar o resultado das investigações por parte da Polícia Civil. "As evidências que se tem até agora apresentam robustez suficiente para a convicção de que os oficiais estão diretamente envolvidos neste crime", diz a nota enviada pela PM.

Mário Sérgio ordenou que o caso seja tratado com "máxima prioridade", "porque é inadmissível que policias pagos com dinheiro público para proteger a população e os bens privados e públicos sejam covardemente seus dilapidadores".

Segundo a polícia, os furtos aconteciam apenas na Zona Sul da cidade. A quadrilha agia há quase um ano.

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