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Uma briga de casal terminou de forma trágica no bairro Guatupê, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Ari Fagundes, 36 anos, acusado de tentar atear fogo na mulher, Inês Pereira Stankoviki, em frente aos filhos, no início da madrugada de ontem, foi morto pela polícia. De acordo com o 17.° Batalhão da Polícia Militar, Inês chamou a PM durante a briga com o marido. Com a chegada da Ronda Ostensivas de Natureza Especial (Rone), Fagundes teria atirado contra os policiais, que revidaram. Ele foi atingido por seis disparos.

A mulher de Ari contou que ele usava medicamentos de uso controlado que afetavam o seu comportamento. "Ele ficava agressivo com o uso do remédio, mas com o passar das horas melhorava. Ele tentou, sim, atear fogo em mim e até queimou algumas coisas minhas, mas a Rone não precisava ser tão agressiva", comentou.

Ainda segundo a polícia, Ari teria usado os filhos como reféns. Diante da situação, uma equipe invadiu a casa e começaram os disparos. A PM informou que, por conta do suposto risco que a família corria, os policiais não tiveram alternativa.

Inês disse que após o marido ter sido morto, policiais entraram e revistaram toda a residência. "Mexeram em tudo, reviraram colchões, abriram os quarda-roupas." Ela acusou os policias da Rone de roubar pertences que estavam dentro da casa. "Levaram minha carteira com documentos e dinheiro, mais de R$ 2 mil que iria usar para pagar a prestação de um carro. O celular do meu marido também não querem devolver", ressalta.

No velório, os filhos e parentes estavam revoltados com a situação. "Deram seis tiros no meu pai e roubaram minha mãe. Não entendemos o motivo disso tudo", disse um dos adolescentes, filho do casal.

Por intermédio da assessoria de imprensa da PM, o major Mílton Isack Fadel Júnior, comandante da Companhia de Choque, disse não ter conhecimento do caso. Mesmo assim, afirma que se houve excesso ou qualquer tipo de irregularidade, os fatos vão ser apurados.

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