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Os quatro policiais militares acusados de matar uma travesti no ano 2000, no bairro Rebouças, em Curitiba, foram absolvidos em julgamento no final da tarde desta segunda-feira (14). O julgamento, treze anos depois do crime, começou às 09h30 no Tribunal do Júri, na capital paranaense, e foi encerrado pouco antes das 18h.

De acordo com o advogado dos acusados, Cláudio Dalledone, a Justiça entendeu que os quatro agentes não tiveram participação na morte de Henrique de Souza Lima, conhecido como Kérica, morto na madrugada do dia 1º de abril daquele ano. Os policiais acusados pelo crime eram: Alexandre Carlos; Daniel do Nascimento Chaves; Marcelo José Pinheiro e Samuel Chalcoski. Todos foram denunciados pelo MP em 2001, e chegaram a ser afastados temporariamente das atividades pela Polícia Militar (PM). A Justiça Militar, arquivou o inquérito por falta de provas. Todos responderam ao processo em liberdade.

De acordo com Dalledone, foi concluído que Kérica teria sido assassinada pelo próprio grupo de travestis do qual ela fazia parte, e não pelos policiais. Segundo o advogado, o depoimento de uma testemunha que morava na janela de um apartamento nas proximidades foi um dos mais decisivos para inocentar os acusados.

A reportagem tentou entrar em contato com o promotor do MP que atua no caso, Marcelo Balzer Correia, mas ele não foi localizado para comentar o assunto. O MP ainda pode recorrer da decisão judicial.

O crime

Segundo a denúncia movida pelo Ministério Público (MP), Kérica fazia ponto próximo à Rua Piquiri, no bairro Rebouças. Pouco depois da meia-noite do dia 1º de abril de 2000, ela teria sido abordada pelos policiais e agredida com socos, pontapés e golpes de cassetetes.

Mais tarde, por volta das 5h, Kérica teria voltado para a própria casa, onde foi encontrada morta pela manhã, seis horas depois do ocorrido. Segundo laudo da perícia, a causa da morte foi hemorragia por ruptura do fígado.

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