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A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso das crianças encontradas amarradas em cadeiras em uma escolaparticular de Curitiba na semana passada. A cena foi flagrada pela Vigilância Sanitária da capital, durante uma inspeção de rotina. O órgão disse ter se deparado com vinte crianças, entre dois e três anos, presas nas cadeiras por um lençol em uma instituição no bairro Uberaba.

De acordo com a delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), Sabrina Alexandrino, o inquérito foi aberto nesta segunda-feira (28). As intimações para oitivas tanto dos pais dos alunos como dos responsáveis pela instituição de ensino já foram emitidas, e a expectativa é de que os depoimentos comecem a ser prestados ainda nesta semana.

De acordo com a delegada, por causa do grande volume de testemunhas não há como prever um prazo para o fim das investigações. "Considerando o número de vítimas isso [inquérito] vai ter uma demora considerável. Até estas pessoas receberem e aceitarem a intimação, os fatores psicológicos envolvidos, porque vamos ver se alguma criança tem condições de verbalizar o que aconteceu, vai um bom tempo. E vamos respeitar o tempo que for necessário", disse.

Sabrina informou ainda que o inquérito só foi aberto porque o Nucria recebeu, na última sexta-feira (25), um ofício do Conselho Tutelar denunciando o fato. Até esta terça-feira, nenhum pai ou mãe de aluno havia procurado o núcleo para registrar qualquer denúncia.

A delegada disse que só após o fim das investigações é que será possível saber por qual crime deverão ser indiciados os responsáveis.

Escola diz que irá apoiar as investigações

Procurada pela reportagem, a responsável pela instituição de educação infantil denunciada declarou que apoia as investigações da polícia. "Eles têm mesmo que tomar providência. Quero mesmo que a polícia venha, converse com todo mundo, para esclarecer de uma vez por todas isso, porque se fosse crime mesmo, a gente estava preso", comentou.

Segundo a versãop da responsável pela creche - ao contrário do que foi informado pela Vigilância Sanitário - eram quatro e não vinte crianças que foram encontradas nas cadeiras pelo órgão durante a fiscalização. Além disso, elas não estariam amarradas, e sim "protegidas" pelo lençol para que não caíssem da cadeira. "De dentro da creche dá pra ver quem bate na porta. Se estivéssemos fazendo alguma coisa grave, a gente não iria abrir a porta e mandar a vigilância entrar. Não tem lógica essa denúncia deles", acrescentou. A mulher disse ainda que nenhuma das crianças deixou de frequentar a creche após a denúncia.

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