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Preso quarteto acusado de sonegar R$ 15 mi em impostos

Quatro pessoas suspeitas de sustentar um esquema de sonegação de impostos foram presas no Paraná e em Santa Catarina.

Eles são acusados de sonegar pelo menos R$ 15 milhões em impostos.

A operação é a extensão da ação policial realizada em março de 2007 batizada como Operação Medusa, que resultou na prisão de 15 pessoas, entre elas servidores da Receita Estadual. Leia reportagem completa da prisão do quarteto.

Um dia após a prisão de quatro pessoas suspeitas de sustentar um esquema de sonegação de impostos no Paraná e em Santa Catarina, a investigação da polícia mostra que o quarteto enganava alguns juízes para conseguir liminares. Os quatro foram presos na quinta-feira durante a Operação Medusa 2. Ligados à empresa Sercom Distribuidora de Combustíveis, os quatro são acusados de sonegar pelo menos R$ 15 milhões em impostos.

O grupo, segundo uma análise preliminar nos documentos apreendidos, enganava alguns juízes para conseguir liminares que mantinham a Sercom aberta. A polícia apurou que a quadrilha superfaturava o valor de imóveis que eram dados em garantia à Justiça caso fossem executados para pagamento de impostos.

O delegado chefe da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (DEDC), Marcus Michelotto, explica que a Sercom precisava da liminar da Justiça para funcionar uma vez que não respeitava nenhuma das regras impostas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para ser uma distribuidora de combustíveis.

De acordo com o site oficial do governo do estado, nestas análises preliminares, a polícia já encontrou 17 blocos de 50 notas fiscais em branco do posto Torino, situado no Trevo entre Cambé e Londrina, no Norte do Paraná. A suspeita de que o quarteto enganava juízes veio quando a polícia descobriu um contrato de compra e venda de um terreno no município de Presidente Castelo Branco, no Noroeste do Paraná, no valor de R$ 35 mil. "Encontramos também duas avaliações do mesmo terreno em Castelo Branco no valor de R$ 1 milhão e outra de R$ 1,3 milhão", informou o delegado.

Além do terreno no interior do Paraná, foi encontrado também um contrato de compra e venda de um imóvel na Cidade Industrial de Uberlândia (MG), no valor de R$ 90.864, acompanhados de avaliação em R$ 2,5 milhões. "Acreditamos que os imóveis existam, mas está claro que eles enganaram alguns juízes prometendo que teriam imóveis como garantia, caso não pudessem pagar os impostos", contou Michelotto.

O empresário Paulo Roberto Testa, de 47 anos, ainda está foragido. Paulo é irmão de Antônio Sérgio Testa, de 45 anos, apontado como líder da quadrilha. Antônio foi preso numa luxuosa chácara em Londrina, no Norte do estado. Em Curitiba, a polícia deteve Alexssandro Nunes Benevides, 35, que seria sócio da empresa, e Willena Stresse, 25 anos, procuradora legal da Sercom. Mauro Sérgio Agiberte de Souza, de 38 anos, foi preso em Florianópolis (SC) - ele seria o responsável pela filial da empresa na capital catarinense.

Os quatro presos responderão pelos crimes contra o consumidor, formação de quadrilha, estelionato e corrupção.

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