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O Departamento da Polícia Civil do Paraná está se mobilizando para tentar evitar que a corporação seja despejada de seu prédio administrativo, localizado no Centro de Curitiba. Duas decisões judiciais proferidas em janeiro do ano passado determinavam a desocupação do imóvel, por falta de pagamento dos alugueis, mas a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) havia recorrido das decisões. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que há um impasse quanto a renovação do contrato de locação.

Localizado na Rua José Loureiro, o prédio de 12 andares sedia a cúpula da Polícia Civil, além de diversos departamentos, núcleos administrativos e o arquivo da corporação. Mais de 500 servidores trabalham no local. Na tarde desta quinta-feira (15), o alto escalão da polícia se reuniu, tentando achar uma saída para o impasse.

A Sesp não confirma de quanto é a dívida nem há quanto tempo os alugueis não vinham sendo pagos. Fontes da Polícia Civil apontam que os pagamentos estariam atrasado há cerca de dois anos.

O Sindicato dos Investigadores do Paraná (Sipol) confirmou a dívida e a possibilidade de despejo. Para o presidente da entidade, Roberto Ramires, a situação provoca instabilidade na corporação. "É inadmissível que uma instituição policial não tenha um prédio próprio. Para se fazer segurança, é preciso que as instituições tenham condições para tal, com um local adequado para prestar o serviço", apontou.

Segundo a Sesp, após o vencimento do contrato de locação houve um desacordo quando a renovação, por conta do reajuste pedido pelos proprietários. A Secretaria afirma que os donos do imóvel haviam pedido um reajuste de 100%, o que não seria condizente com o valor de mercado. Por conta disso, a Polícia Civil vinha ocupando o prédio sem contrato. Caso a corporação deixe o local, os proprietários devem ser indenizados. Segundo a Sesp, a Polícia Civil já estuda outros prédios que podem vir sediar a instituição.

Nesta semana, também veio à tona a notícia de que o Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária (Bpec) e a Corregedoria da Polícia Militar (PM) correm o risco de serem despejados de suas sedes por falta de pagamento de aluguel. A informação foi confirmada por policiais das próprias unidades, que estão com receio de não terem mais um local adequado para trabalhar.

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