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A Polícia Civil identificou mais três suspeitos de participação na chacina na Favela do Barbante, na zona oeste da cidade, na última terça-feira (19). Sete pessoas foram mortas. Segundo o delegado adjunto de Campo Grande, Eduardo Soares, com isso, do total de 17 pessoas que teriam participado do crime, 13 já foram identificadas.

O último identificado foi o ex-traficante conhecido como Sprinter, que teria entrado para a milícia depois que a facção criminosa da qual fazia parte foi expulsa da favela pelos milicianos.

O delegado Eduardo Soares confirmou que, entre os suspeitos, há policiais militares e civis, além de um bombeiro. Na quinta-feira (21), a Polícia Civil de São Paulo prendeu Leandro Paixão Viegas, o Leandrinho Quebra-Ossos, que estava com documentos falsos. Foragido há cerca de quatro meses, ele foi encontrado por meio de uma fotografia veiculada em um telejornal.

Segundo o delegado titular de Campo Grande, Marcus Neves, Leandrinho é um dos principais membros da milícia conhecida como Liga da Justiça, fazendo parte da cúpula do grupo, juntamente com Fábio Gordo, o deputado estadual Natalino Guimarães e o vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho.

De acordo com Neves, juntamente com Luciano Guimarães, filho do vereador Jerominho, Leandrinho era um dos responsáveis pela morte de desafetos do grupo., Luciano Guimarães é apontado nas investigações não apenas como mandante da chacina na Favela do Barbante, mas também como um dos executores.

Neves disse que pretende prender todas as 47 pessoas indiciadas no inquérito e desarticular de vez o grupo criminoso. Ele disse que continuará a seguir a orientação da Secretaria de Segurança do Estado, de prender os policiais corruptos.

"A situação é complicada, mas necessária. Essa é orientação do secretário de Segurança e do chefe de Polícia: cada vez radicalizar mais com o policial criminoso. Na verdade, não são policiais, são criminosos. Nós estamos trabalhando, já colocamos vários na cadeia e vamos continuar colocando."

Marcus Neves ressaltou que a parceria com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, da Assembléia Legislativa do Rio, vem ajudando muito nas investigações sobre os grupos paramilitares que atuam na zona oeste. Para ele, a CPI é fundamental para combater esses grupos em todas as regiões da cidade.

Policiais militares do Regimento de Polícia Montada ocupam a Favela do Barbante desde terça-feira. Desde então, não houve nenhuma ocorrência, segundo o comandante Weber Bittencourt.

A Polícia Militar ocupa ainda a Favela da Carobinha, também na zona oeste, onde duas pessoas morreram na noite de ontem, durante operação da PM desencadeada após o roubo de um minimercado. Os dois mortos seriam traficantes, segundo a polícia. Há informações de que traficantes estariam infiltrados na comunidade há um mês, desde que a milícia deixou a favela.

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