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O coronel Luiz Henrique Pombo do Nascimento anunciou que a Polícia Militar (PM) o afastou do comando da corporação. Em entrevista à Gazeta do Povo, ele afirmou que houve uma série de motivos para a escolha, mas que a principal seria a intenção dos bombeiros em se separar da polícia, o que é defendido pelo agora ex-comandante.

Nesta sexta-feira (6), às 8h, Pombo será oficialmente destituído do cargo e substituído pelo chefe do Estado Maior, o Coronel Simiano. A cerimônia vai acontecer no quartel do Corpo de Bombeiros.

"É difícil avaliar meu sentimento neste momento. Tentei trabalhar por uma corporação em que acredito e fazer o que achava melhor para ela", comenta. Pombo, que ingressou no Corpo de Bombeiros em 1979, era comandante desde agosto de 2012. Por causa do tempo de serviço, ele vai para a reserva. "Espero que os bombeiros continuem brigando e lutando para se desvincular da PM e que mantenham o excelente serviço que prestam à população", acrescenta.

Procuradas pela reportagem, a PM e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) responderam, por meio de assessoria de imprensa, que só irão se pronunciar na sexta-feira.

Desmembramento

A intenção dos bombeiros de se separar da polícia existe, segundo Pombo, desde 1984, mas nunca havia existido uma iniciativa para por a mudança em prática. A Sesp afirmou, na quarta-feira, que um estudo estaria analisando a viabilidade da proposta, e que várias pastas estariam envolvidas na pesquisa.

Em termos práticos, essa separação faria com que os bombeiros estivessem sujeitos ao secretário de segurança pública e não ao comando-geral da Polícia Militar. "A PM combate a criminalidade, o narcotráfico, contrabando, entre outras coisas. São atividades diferenciadas da nossa. A PM tem que pensar em polícia, na sua função constitucional, e aí não tem como pensar bombeiro, porque tem que cuidar da parte dela. Se funciona [a independência] com os outros também vai funcionar aqui", explicou o agora ex-comandante Pombo em entrevista à Gazeta ainda nessa semana.

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