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Os dois irmãos e policiais militares envolvidos na ação paralela ilegal realizada na quarta-feira (15), em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, foram indiciados pela Polícia Civil por abuso de autoridade e lesão corporal. Os dois buscavam os responsáveis pela morte do pai deles e detiveram, sem autorização, três suspeitos.

Segundo o tenente-coronel da Polícia Militar, Maurício Tortato, eles respondem pelos crimes diretamente na delegacia porque não estavam em serviço quando realizaram a ação. "Eles atuaram por iniciativa própria e por isso estão indiciados criminalmente na Delegacia de Rio Branco do Sul", declarou.

Além disso, foi feito um relatório sobre o caso nesta quinta-feira (16), que vai ser encaminhado para a Corregedoria da Polícia Militar para a abertura de uma investigação administrativa disciplinar sobre os policiais. "Esse processo vai avaliar a atitude ética e moral dos dois", disse Tortato. A previsão é de que o procedimento seja enviado para a Corregedoria nesta sexta-feira (17) e deva ser concluído em até 30 dias úteis. "Como o assunto teve uma repercussão social grande, não tenha dúvida que isso passa a ser uma prioridade", afirmou o tenente-coronel.

Um dos policiais é cabo do 20º Batalhão da Polícia Militar. Ele fica afastado das atividades até a conclusão do processo, segundo Tortato. O outro policial, que reside em Ponta Grossa, é sargento da reserva aposentado. Os nomes deles não foram divulgados, porque, segundo a Polícia Militar, a corporação não divulga os nomes de nenhum envolvido em crime, seja policial ou não.

Operação ilegal

De acordo com a PM, os dois policiais, com o apoio de outro irmão que não é policial, foram a Rio Branco do Sul procurar pelos suspeitos do assassinato do pai deles. A "dica" da localização foi dada por dois outros homens, já presos pelo envolvimento no latrocínio. O pai dos policiais, Afonso Schneider, foi baleado em 6 de julho e morreu 17 dias depois.

Na ação, os suspeitos pelo crime foram retirados de suas casas na madrugada. Familiares que estavam nas residências sofreram agressões físicas, segundo a polícia. Um quarto suspeito, que estava sendo buscado, conseguiu fugir. Na detenção, foram apreendidos um facão (de provável relação com o latrocínio de julho), um revólver e uma pistola.

Os três suspeitos foram levados para a cidade de Castro, mas o delegado do município não quis prendê-los, dizendo que, como o flagrante havia sido efetuado em Rio Branco do Sul, é lá que deveriam ser detidos. Uma vez transferidos, confessaram participação no latrocínio de julho, foram presos e respondem por porte ilegal de arma e formação de quadrilha, de acordo com a PM.

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