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O Ministério Público de Prudentópolis, na região Centro-Sul do estado, ajuizou uma ação penal contra oito pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que comandava o tráfico de drogas na cidade. Os comandantes do grupo eram Diego Ricardo Ribeiro e Everaldo Brasilio, que estão presos na delegacia de Prudentópolis, de acordo com investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

A ação penal foi ajuizada nesta terça-feira (15). Ribeiro e Brasilio recebiam a droga de Santa Catarina e a revendiam dentro e fora da cadeia. Mesmo dentro da prisão, os dois conseguiam mandar no tráfico da cidade. Eles contavam com a ajuda das companheiras, que passavam as drogas e chips de celulares durante as visitas íntimas. Segundo a assessoria de imprensa do MP, a mulher de Ribeiro, Lurdes Mokreski, foi presa em flagrante ao tentar entrar na cadeia com maconha escondida dentro do tênis.

O Gaeco descobriu o esquema depois de fazer escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça. Várias ligações feitas pelos dois presos pedindo drogas, celulares e orientando ações relacionadas ao tráfico em Prudentópolis foram interceptadas pelos investigadores.

Analisando as gravações a polícia conseguiu chegar até os outros integrantes da quadrilha, que foram presos com 18 pedras de crack e maconha. Entre os suspeitos estava uma adolescente de 14 anos, que foi encaminhada à Vara da Infância e Juventude.

Revistas

De acordo com o delegado-titular de Prudentópolis, Josimar Antonio da Silva, a cada 10 dias são feitas revistas na carceragem atrás celulares e outras irregularidades. "Há 30 dias recebemos uma visita do Gaeco de Guarapuava. Eles afirmaram que teriam dois presos com um celular dentro da cadeia e traficando. Nós fazemos revistas periódicas, mas o celular é fácil de ser escondido", disse o delegado.

Cerca de 10 dias antes da visita do Gaeco os policiais haviam feito uma revista na delegacia, mas não acharam nenhum celular. "Não sabemos se esse celular entrou depois disso ou se já estava escondido", definiu. O delegado afirmou que vai continuar fazendo vistorias a cada 10 dias e solicitou ao Departamento da Polícia Civil a contratação de uma policial feminina para a delegacia, para fazer revistas nas mulheres que visitam os presos.

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